Tal como uma reunião do AA ou do Clube de Mães, estamos aqui reunidos novamente para expor, informar e descentralizar o dia a dia de um estagiário!
O texto de hoje está um tanto sentimental, e “tema” é PSICOLOGIA!
Mas o que psicologia tem a ver com estágios de direito? Tudo, meus caros.
A “psicologia judiciária” está presente em você amigo que registra B.O. na delegacia, ouvindo as lamúrias e sofrimentos de todos que ali estão presentes, relatando o caso que muitas vezes é triste ou cruel.
Bem como está presente em quem fica em algum escritório digitalizando ou fazendo petições, tendo contato direto com os relatos do processo, carregando consigo uma “parte da vida” das pessoas a quem ele pertence, e ainda, tendo que muitas vezes ir contra seus ideais, fazendo peças processuais defendendo ou acusando determinadas coisas que você não acha correto.
Em ambos os casos cabe a você ser o mediador e tentar amenizar essa tristeza, “vestindo a camisa” de psicólogo, para que vejam em você aquela fonte de segurança, segurança essa que talvez tenha sido furtada junta com o iPhone (brincadeira) ou o carro da pessoa no dia anterior...
Tais momentos também estão presentes em nosso cotidiano, quando você dá aquela força pra amiga que terminou com o namorado, ou o amigo que perdeu algum familiar, acho que bem no fundo, além de gênio e de louco, de psicólogos todos tem um pouco...
Tudo que falei acima visou chegar a um ponto essencial:
Direito não é para os fracos!
Quando você fez sua escolha optou não apenas pela grande arte da advocacia/magistratura/promotoria, optou (ao menos em tese) pela busca da justiça e da igualdade, e consequentemente, optou por levar um fardo que passa longe de ser leve, fardo esse que inclui em sua vida as histórias, emoções, sentimentos e angústias de outras pessoas, e que continuarão com você pela eternidade (ou até o Alzheimer)
Se você quiser fazer a diferença, aprenda primeiro a escutar.
Com “grandes poderes” vêm grandes responsabilidades.
Bjs
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