Extra Petita – Casar é uma merda?

Se você acompanha o blog e a nossa fanpage, sabe que semanalmente nós mendigamos piadas, petições engraçadas aos nossos ilustres leitores e às vezes, quando o nível de carência do dono do blog (no caso eu) está mais curto que vestido de periguete, eu coloco a opção de me enviar também pedidos de casamento, ocorre que por ser o N.E.D. um blog sem nenhuma credibilidade, nunca fui levado a sério e nenhuma leitora de corpo escultural e sorriso cativante me pediu em casamento até agora, (ainda tenho esperanças) mas, esta semana um e-mail de uma leitora me chamou a atenção.

Não, não foi um pedido de casamento, mas a remetente me disse ipsis literis o seguinte: “não sei por que fica sempre falando de casamento no seu blog, casar é uma merda, eu namorei por 7 anos e resolvi me casar, 3 meses depois, o casamento acabou. Casamento é uma instituição falida. Caia fora disso.”

Daí eu fiquei pensando, o que eu, um cara que nunca se casou e só teve relacionamentos que falharam(apesar da minha mãe falar todas as vezes que eu vou a casa dela que o sonho dela é me ver casando na igreja... desculpa mãe) pode falar sobre o tema?

Teoricamente tudo, mas na prática, nada, então assim vai ser, na base da teoria. Lá vai.

Viver a dois é foda, (eu acho) porque né, enquanto você tá namorando, ainda que já dure 5, 6 ou 7 anos, você vai buscar a namorada na casa dela e ela está prontinha, garbosa e cheirosa pra ir praquela festinha marota, ela vai reclamar da dor de cabeça pra irmã dela, vai pedir opinião sobre o que vestir pra vizinha “inchirida” e ponto final, a sua convivência apesar de longa é curta.

Contraditório né?

Eu explico! Não adianta nada namorar por sete anos se as pessoas se veem 3 vezes por semana, durante 2 ou 3 horas, o foco central aqui é a convivência, é ela que fode com tudo, meu nobre, casou, é você que vai ter que falar se ela tá bem naquele vestido horroroso (diga sempre que ela tá linda), você vai perceber que ela não acorda linda, maquiada e cheirosa todos os dias, além disso, é você que vai ter que ouvir ela falar mal das colegas de trabalho, é você que vai ter que aturar dor de cabeça, TPM, reclamações por motivos tolos, e a sua ex-namorada que agora é esposa idem (exceto a parte da TPM), mas ela também vai ouvir você reclamando que o seu time jogou mal no domingo e te ver coçando o saco e arrotando no sofá da sala. (muitos fazem isso com menos de 3 meses de namoro que eu sei)

Sabe aquela coisa que o padre fala: “na saúde e na doença, na alegria e na tristeza...”, então, no namoro, apesar de existir uma relação, você basicamente fica só com a parte boa, com a saúde, com a alegria e as outras coisas legais do discurso, porque se ela tá doente, o máximo que você faz é levar um remédio pra ela, mas quem vai cuidar é a mãe, mas ai casou, vem a parte contrária e muitos não suportam, seja por egoísmo, seja por imaturidade, os motivos são muitos, mas se quiser que seu casamento dure, aprenda a pensar por 2.

Pensar por 2 é difícil, muita gente não sabe fazer isso, vou desenhar pra vossa pessoa entender, pensar por dois tem um nome, e o nome disso é companheirismo, isso é difícil pra algumas pessoas, pois muitos não sabem se doar, pensar no próximo, pois atualmente todos querem e buscam independência, o que até certo ponto é bom, é legal e necessário, só que muita independência às vezes atrapalha, porque as pessoas pensam primeiro no eu, para depois pensar no nós, e aí começa o problema, afinal, se casou, não tem mais eu, tem o nós. Aceite...

A gente só quer saber de falar, nunca de ouvir, e ó, quando duas pessoas falam ao mesmo tempo, ninguém consegue entender porra nenhuma, assim, se você, assim como eu, é uma pessoa que ainda tem fé na vida, e tem fé no amor (aiiinnnn que fofo) ouça o meu conselho e trate de calar a boca e ouvir mais o que a sua namorada barra esposa tem pra lhe contar seu egoísta do caralho, porque só assim, o seu casamento terá a mínima chance de dar certo.

Bejo

Favor não me encher o saco com comentários do tipo: “ah você nem namorada tem e tá falando sobre casamento? Para né mano...” pois eu não vou responder. Grato.