Bom dia nobres... Hoje me sinto compelida a contar-lhes o vergonhoso motivo que me impediu de prestar o último exame oabzistico.
Depois de superada a fase do luto pela inaceitável reprovação na segunda fase, decidi me inscrever para o VIII Exame da Ordem, cheia de promessas de maior dedicação. E é claro que deixei para fazer isso no último dia. Mas ainda dava tempo, ufa!
Nesse mesmo dia, minha amiga pediu que eu imprimisse o boleto da inscrição dela também. Com muita pressa e sem nenhuma atenção, fiz a inscrição e a impressão dos boletos numa velocidade recorde. Mandei o meu boleto para pagamento e entreguei o boleto da minha amiga para que ela pagasse.
Duas semanas antes da prova fui consultar o local de realização do exame, e para minha surpresa, li a seguinte frase INSCRIÇÃO PENDENTE DE PAGAMENTO. Achei esquisito, mas, apostei em uma pequena falha da FGV. Resolvi ir pra faculdade tranquila, deixando para conferir o boleto mais tarde.
Quando cheguei em casa, corri pegar o boleto. Para minha desgraça o nome que constava no boleto que eu havia pago não era o meu. Mais do que depressa liguei para a minha amiga. O nome que constava no boleto que estava nas mãos dela também não era o meu, era o dela. Traduzindo, eu IMBECILMENTE imprimi duas vezes o mesmo boleto, efetuando assim dois pagamentos em nome dela e nenhum no meu.
Bati com a cabeça na parede, gritei, xinguei e desejei nunca ter nascido (ou ter nascido menos estúpida). Não me conformei com a enormissíma cagada. Foi burrice demais, estupidez demais e atenção de menos.
Justifiquei-me perante todos que me chamaram de jumenta, topeira, retardada e afins, que aquilo tratava-se de obra do destino, conspiração do universo. Disse reiteradas vezes que talvez não fosse a minha hora. No fundo, todo discurso não passava de escusas andrajosas recheadas de falácias flácidas para acalentar bovinos = desculpa esfarrapada cheia de conversa mole pra boi dormir.
Não tem nhém nhém nhém de obra do destino. O universo só ajuda quem se ajuda. Era minha hora, bastava eu prestar atenção! Não tem mágica, tampouco a desculpa de mera fatalidade do acaso. Acaso é o cacete. O que aconteceu comigo, além de ser uma burrice exacerbada, é reflexo do meu comportamento desidioso e sem foco. Fazer mil coisas ao mesmo tempo, não priorizar cada tarefa, fazer tudo o tempo todo sem o devido comprometimento, dá nisso!
Priorizar as coisas é fundamental. Se eu tivesse priorizado a OAB no primeiro exame que prestei, eu poderia ter sido aprovada, não teria pago esse mico de pagar boleto alheio e também não teria descoberto a importância da palavra FOCO da forma mais vergonhosa e dolorida economicamente (adiós duzentinho).
Pior foi eu, que perdi os documentos no dia da prova e não tinha nenhum PM disponível na cidade de Alfenas- MG, pra fazer um B.O, pra que eu pudesse fazer valer meu direito de mísera bacharel de Direito, Aff!
ResponderExcluirPior foi eu, que perdi os documentos no dia da prova e não tinha nenhum PM disponível na cidade de Alfenas- MG, pra fazer um B.O, pra que eu pudesse fazer valer meu direito de mísera bacharel de Direito, Aff!
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