Bom dia... Faltam 8 dias para o exame da ordem e confesso que começo a entrar em pânico. Me sinto mais despreparada do que nunca . O medo esta ocupando um espaço muito maior do que eu gostaria. Mil perguntas passam na minha cabeça, mas uma, e a mais importante, parece brilhar como letreiro de motel: E se eu não passar? To fudida
Bom se não der certo, vai caber a mim engolir o choro e imaginar o Sêu Doutô Ophir cantando na minha cabeça : Tente outra vez...
Agora se der certo, caberá a mim renunciar aos prazeres da vida e me enfiar nos estudos até 24/02, para que eu não cometa, de novo, a estupidez de reprovar por 0,55 na segunda fase.
Esse negócio de reprovar é algo muito complicado, te faz ser visto pela sociedade como um fracassado. Te faz ter o mesmo prestígio do que o coco do cavalo do bandido. Mas é assim que é e é assim que sempre será. Enquanto você não passa, você não serve pra nada.
Certo dia estava eu por esse mundo e eis que encontro com uma colega, estudante de direito já aprovada na OAB. A primeira coisa que esse ser me perguntou foi: - Passou na OAB né?
Sempre tive um bom feeling em relação as pessoas e eu sabia que essa pergunta não era nada inocente. Sentindo a maldade, na hora meu instinto de manda - lá para a puraquospariu, e dizer: Vá fazer perguntas retóricas para sua avó, era grande, mas, como gozo de certo autocontrole, me limitei a sorrir e fazer um não com a cabeça. A pessoa em questão no mesmo momento começou a “rezar” a cartilha de como ser tão bem sucedida como ela.
Não preciso dizer que eu sentia ânsias ao ouvi-la. Passar na OAB não garante uma vida plena e bem sucedida. É apenas a abertura de uma porta na vida profissional. Claro que se eu tivesse passado eu teria falado aos quatro ventos, comemoraria muitos dias, fariam muitos brindes, contaria pro mundo via face, twitter, etc... mas e depois? Passar na OAB é apenas uma fase do jogo, só para poder passar para o nível mais difícil.
Alea jacta est!! Boa sorte a todos
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