Sou um cara medroso, disso não há dúvida. Tenho medo de fantasmas, tenho medo de zumbis e acredito piamente em vampiros. Bem por isso eu tenho uma regra: não vejo filmes de terror sozinho. Vai que...
Pois estava eu em uma comarca do interior e desenvolvi amizade com dois geólogos que ficavam hospedados no mesmo hotel que eu.
Um dia , no café da manhã, eu comentei com eles que estava ouvindo barulhos estranho a noite no quarto. Ouvia barulhos de canos se batendo e até podia jurar que ouvi um som de fantasma. Tipo um “buuuuuu”.
Eles se entreolharam e o mais velho disse: Olha Madeira, eu não deveria te contar, pois é sigiloso, mas aqui antes era um cemitério indígena. Eu dei risada e falei: boa, conta outra.
E ele me disse, não, era sim. Tanto que perto daqui tem o morro do diabo, em que vários índios foram massacrados e dizem que os espíritos deles voltam para assombrar o lugar a meia-noite e chorar pelo massacre.
Eu rei risada e falei que aquilo não existia.
Nos dias que se seguiram o barulho só aumentava, tanto dos canos quanto do “buuuu”.
Até que um dia, as três da manhã, foi demais.
Um bruta barulho de canos se batendo e fantasma fazendo “buuuu”. Comecei a chorar e a rezar no meu quarto. Criei coragem e saí lá fora. Não tinha ninguém no corredor nem no hotel.
Voltei para o quarto e rezei mais um pouco.
Tempos depois descobri que havia um barulho normal por causa da água nos canos que tinha muita pressão e o “buuuu” era feito pelo vento. Mas, naquela noite, o geólogo estava em algum lugar balançando os canos ainda mais forte e gritando “buuuu” feito um louco.
Eu não sei não, mas ainda posso jurar que não era o geólogo!
A história de hoje é dedicada aos meus dois geólogos do coração: Adalberto e Alessandra do IPT. Nunca mais os vi, mas espero que estejam bem.
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