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quinta-feira, junho 27, 2013

Advogada? Mas, cadê a carteira?

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Nessa minha “nova vida” de advogada, muita coisa anda acontecendo. E muita coisa tenho aprendido. A272951-chaves8-300x300fora o aprendizado, a evolução da novatinha aqui é notável. Fui fazer mais duas audiências depois daquela minha estreia aqui relatada. Não fiquei nervosa como achei que fosse ficar, acertei o lugar de me sentar, não falei bobagens (pelo menos eu acho), e tudo fluiu. Na bem da verdade, fluir fluiu, mas, se não tivesse um “falha nossa “ não seria eu.

Na última audiência que fiz, até chegar na audiência foi um parto. Tive que ir para duas cidades vizinhas antes da audiência, uma a fim de colher assinatura do cliente num documento, e outra, naquela delícia de INSS lotado. Graças à lotação, e aos problemas de tráfego eu cheguei ao escritório EM CIMA da hora. Quando digo em cima é algo assim FALTANDO 2 MINUTOS para o início da audiência.

“Grudei” a cliente pelo braço e lá fomos nós. Falei rápido sobre o que a prejudicaria, e o que ajudaria. E pontualmente as 17h lá estávamos. Fiz a linha advogada “legal”, cumprimentei as partes contrárias, a advogada com cara de esnobe, com um sorriso radiante, e imediatamente entramos.

No transcorrer da audiência, senti algo inusitado, uma espécie de “sangue fervendo”, que me ajudou a responder, e a me impor. Senti uma sensação boa, como se baixasse do além uma alma jurídica. Essa “alma jurídica” tinha um juridiquês providencial para fazer um enrolation nos momentos de saia justa.

Ao final dos trabalhos, quando fomos assinar a ata, percebi que meu nome não constava. Dirigi-me a jovem senhora (jovem senhora porque sou educada) que redigia a ata, e falei: O minha filha, cadê meu nome nessa porcaria?? Mentira, pedi gentilmente a retificação da ata. Porém, para minha surpresa, a adorável (sqn) jovem senhora sequer havia percebido que eu era advogada. Ela ignorou por completo a minha certidão. Não pude olhar, mas não duvido que ela tenha me qualificado como animadora de torcida, ao invés de advogada.

Na hora quase gritei, por que né, o que eu estaria fazendo lá ao lado da ré, senão como sua advogada??? A jovem senhora, após o meu pedido, perguntou se aquele papel (a certidão) era pra juntar em algum lugar. Claro que no meu íntimo eu a respondi com uma frase curta que continha três palavrões, mas, só me limitei a responder que aquele documento comprovava a minha inscrição como advogada, haja vista eu ainda não ter recebido a carteira funcional.

Ela olhou com cara de bolacha, digo, cara de alguém que estava debochando do meu papel, mas, fez o que era pra fazer, retificou a ata. Quando foi devolver os documentos, falou “doutora, sua carteira da OAB” para a advogada da parte contrária, e pra mim um simples “ta aqui seu papel”.

Sabe o que eu senti?? Que tava sendo vítima de bullying!!!

Em razão do bullying sofrido, vou sair pelas ruas protestando. #Vempraruanovatinhos

assinaturamari

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