E aí, como vão?
Bem, todos sabem que estagiários tem “função multiuso” nos fóruns e escritórios da vida.
Nem todos são “uma Brastemp”, mas somos vez ou outra submetidos a tarefas que vão desde as mais elaboradas, como sentenciar enquanto a juíza se diverte bebendo whisky e ouvindo Pink Floyd, até “passar o café” para esquentar o gélido ambiente matinal.
Uma das designações extra que muito me agradam é a de preposto, que além de descontrair a rotina ainda pode oferecer um “por fora”.
É normalmente no Processo Civil que quebrarmos o galho como preposto, justamente por que “nas trabalhistas” você precisa ser empregado legítimo e nas demais espécies não são muito comuns.
Além disso, 90% são audiências de “conciliação”, por que nas de “instrução” já estão cientes de que você não sabe lhufas do que se passa e te dispensam o comparecimento.
Eu particularmente vou de preposto nas situações em que:
a) A empresa é muito grande e vai acabar dando merda coincidindo audiências.
b) O patrão é mão de vaca e não quer nem que o funcionário saia para comprar coxinha, quem dirá para ir a uma audiência.
c) A empresa não tem funcionários, sendo que se o dono for, acabará metendo a mão na cara do requerente e proferindo xingamentos variados.
d) A empresa só tem um funcionário e o requerente é amigo ou corneou o cidadão.
e) Me mandam ir e eu nem pergunto nada.
Apesar de nas primeiras vezes ficar ligeiramente ansioso com o fato de presenciar uma audiência, logo percebi que dificilmente acontece algo interessante. O ápice até o momento foi um barraco de uma advogada que chegou atrasada e não se conformava que o pregão já tinha sido feito.
Na verdade, a única coisa que se tem a fazer é ficar esperando a audiência terminar e caso lhe perguntem algo se limitar a responder: “num sei de nada dotô infelizmente não estava presente então não sei lhe informar sobre o ocorrido”.
Ser preposto é como TelexFREE, você fica sentado sem fazer nada e ainda recebe por isso...
Porém, outro ponto interessante é de que você adquire certo conhecimento na área, pois já estará habituado quando deixar a função de preposto para trás e virar o “ilustre causídico”.
Entre outros, já saberá em qual lado da mesa sentar, de quem é a palavra e, principalmente, estará atento para não cometer gafes constrangedoras (pedir perícia no JEC).
Recomendo a experiência!
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