Olá amados e não-amados, advogados e não-advogados, estagiários e não-estagiários, estudantes de direito e não-estudantes de direito, inteligentes e não-inteligentes, charmosos e não-charmosos leitores do blog jurídico mais fofo do sul do mundo!
Certamente logo no primeiro ano da faculdade, em que nos são apresentadas as famosas disciplinas propedêuticas do Curso, nos deparamos com a oratória grega. Lembro bem do 1º semestre da faculdade (quando tudo era assustador, inclusive as palavras difíceis como “em que pese, não obstante, destarte, ripostar”), e lembro da professora Inomata falando com muita empolgação, diga-se de passagem, das pólis gregas, dos discursos políticos proferidos na ágora (cacete de agulha) e das técnicas dos sofistas quanto à oratória e à retórica (nossa, quanta inteligência – mentira tirei tudo do google).
Minha maior lembrança é quanto aos estudos de Aristóteles e a importância dada à retórica enquanto forma de persuasão, e à oratória, enquanto técnica de discursar em público de maneira persuasiva, como uma verdadeira arte da fala. É claro que na época achávamos muito chato estudar isso, mas tudo tem uma razão de ser e ao final dos 5 anos de Faculdade, meu bem, Aristóteles será REI! Se você quiser seguir a nobre carreira da advocacia e tiver que fazer uma sustentação oral (igual ao namorado que fez a sua primeira nessa semana e conseguiu a reforma total da sentença! Meu orgulho!), aí Aristóteles será um deus grego. Rá.
Mas... o que essa coisa chata filosófica de oratória tem a ver com a coluna de hoje? Simples! Fui escolhida, após acirrado processo seletivo feito pela comissão de formatura, juntamente com outro colega, como? Tcharaaaaaaam. SIM. ORADORA DA TURMA.
Olha só que “bunito que beleza”. E vocês achando que eu era pouca bosta. Pois é. Terei a felicidade, o orgulho e a honra em poder discursar, representando meus queridos colegas e amigos, naquele momento que será “eternizado em nossas memórias, guardado em nossos corações e tatuados no âmago do nosso ser”! hahaha que chato! A Colação de Grau, a Formatura, o adeus Graduação, o olá mundo, o olá mercado de trabalho, o olá desemprego, o olá desespero.
Junto com tudo isso, a responsabilidade de fazer com que todos sintam a mesma emoção que nós, Formandos, estaremos sentindo no momento. São praticamente 10 minutos para refletir, agradecer e mais: enaltecer 5 anos árduos de estudos, dedicações, desânimos, persistências e a aclamada vitória!
Assim, companheiros e companheiras, ainda que o “querido” ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja considerado por muitos como exímio orador, convenhamos que não seria adequado fugir do controle e proferir frases como: “sou filho de uma mulher que nasceu analfabeta” ou palavras erradas como “petobráis” (Já me basta no dia da seleção para orador em que eu falei “Patroa” ou invés de “Patrona” e fui motivo de piada entre os colegas – e só aconteceu porque eu estava com sinusite).
No mais, acho que ficarei com o básico para garantir, ou seja, fazer todos os agradecimentos, manter uma certa brevidade para não ficar um discurso cansativo e ser sempre positiva. Além disso, creio que deva ser acrescentada certa originalidade, características próprias do orador e que farão toda a diferença no discurso.
Conto com a ajuda e sugestões de vocês, meus caros, principalmente daqueles que tiveram a experiência de ser orador ou escrever o discurso. Agradeço! Besos!
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