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quarta-feira, dezembro 04, 2013

Extra Petita–Por que o Didi Mocó não pode ser um bom advogado?

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O conservadorismo desse mundo é uma coisa deveras irritante, e acho que logo mais vai acabar causando uma guerra por conta desse pensamento atrasado de muitas pessoas.

Porém, engana-se quem pensa que o conservadorismo é uma característica dos “coxinhas”, porque não é! O conservadorismo está escondidinho dentro de algumas pessoas que nem sabem que são assim.

Um grande exemplo disso aflorou ontem ao divulgarmos a informação de que o humorista Renato Aragão, também conhecido como Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgina Mufumbo é advogdo, regularmente inscrito e com registro ativo nos quadros da OAB do Ceará.

Os comentários foram os mais diversos possíveis, mas uma constante foi: “nossa, se ele conseguiu, eu vou conseguir facinho!”. Outros falaram muito mal do humorista dizendo que não era de se esperar outra coisa de um cara que demitiu um funcionário que o chamou de DiDi quando deveria chama-lo de Dr. Renato. (isso é mentira tá gente que acredita em tudo que lê na internet)

Como assim cara pálida?

Primeiro quero deixar claro que não estou defendendo o humorista, mas sim a situação, até porque nos trapalhões eu só gostava do Mussum.

Mas o que me assusta é que pessoas do mundo jurídico (estudantes de direito e advogados) se espantaram com o fato do Didi ser dono de uma certeira cor de rosa.

Quer dizer que um cara que faz piada, é engraçado, não pode ser advogado? Quer dizer que advogado tem que ser sério? Usar terno bem cortado? Não pode falar palavrão? Nem ter tatuagens?

Façam-me o favor né!

O cara é formado por uma Universidade Federal, coisa que muitos que o criticaram não conseguiram fazer, mas mesmo assim insistem em julgar uma pessoa simplesmente porque ela aparece na TV com um terno amarelo e uma gravata com desenho de mulher!

renatoDIDI

Quando eu via entrevistas na TV de atores e atrizes que contavam que pessoas faziam ameaças por causa de personagens eu achava que era mentira, que era um puta exagero, mas agora eu já não acho mais, pois as pessoas confundem o profissional e o pessoal, ou dois lados profissionais.

O cara que é humorista não pode advogar? E se ao invés de humorista ele fosse médico e advogado? Aí tudo bem?

A seriedade, a competência e a capacidade não estão ligadas ao tipo de roupa que você veste, não está ligada ao seu jeito de ser, pois não há relação entre um cara que gosta de fazer piadas e a sua capacidade intelectual e/ou profissional.

Pode parecer estranho imaginar o Didi Mocó vestindo um terno preto, uma camisa branca e uma gravata vermelha participando de uma audiência, pois nos acostumamos a assisti-lo aos domingos na televisão fazendo graça, mas uma coisa não elimina a outra e ele pode ser tão bom advogado quando humorista, ou ruim nas duas profissões, enfim...

Já pensou que legal o Didi fazendo uma audiência e dizendo: era uma vez um advogado que disse: mãe, no céu tem poder judiciário? E morreu!

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