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sexta-feira, setembro 19, 2014

DIÁRIO DE UM POSTULANTE – DEPRESSÃO PÓS-OAB

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E a Ordem veio, passou e eu sofri calada.

Mentira. Posto coisas tristes e depressivas - no facebook, Instragam, Tinder, no meu diário, no diário das amigas, na lista do supermercado - desde então.

Confesso pra vocês que um dia antes da OAB assisti o aulão de revisão, conforme manda o protocolo, e a noite sai pra jantar com Pitelzinho (lembram-se da coluna passada, né?! Pois é, está rendendo).

Ouuuu seja, relaxei pra não pirar no dia do Exame.

Acordei lindamente no domingo, revisei as peças, comprei um Big Mac delicinha, batatinha e um copo gigante de Coca-Cola. Coca esta que derrubei boa parte na calça durante o trajeto até a prova. Sim, cheguei pra fazer o Exame com a aparência de um ser que acabou de se mijar todo. A sensualidade mandou um beijo. ;*

Entrei na sala, procurei o meu nome na mesa e pra minha alegria foi disponibilizada duas carteiras pra cada aluno. Teoricamente, uma seria pra fazer a prova e a outra pra colocar o Vade Mecum, mas como tenho alma de gorda, espremi minha prova e o Vade numa carteira e deixei a outra inteiramente pra quitutes e docinhos engordativos. #mejulguem

Lembram da petição que postei em forma de surto psicótico, que na verdade era uma peça de Alegações Finais, com direito a dosimetria da pena e tudo?!

Poissss é.

Caiu Alegações Finais na 2º fase.

Nooooossa, Ana...

Como você sabia qual peça cairia?

Rá. Eu SEMPRE sei das coisas.

Se você quiser saber qual será a próxima peça (será Queixa-Crime), qual o nome do amor da sua vida, o número da mega-sena (mentira, esse eu guardo SÓ pra mim), o que eu gosto de ganhar, dentre outras coisas. CALL ME!

Ok. Dito isso, vamos pra prova.

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Peguei a prova, ela olhou pra mim, eu olhei pra ela, nos olhamos. Rolou um sentimento. Juro!

Identifiquei a peça (que eu já sabia o que seria) e me senti a Chuck Norris do Direito Penal. Afinal, se você sabe a peça, o endereçamento, o prazo e pelo menos uma das 20 teses é lógico que você vai tirar a nota máxima. Sim, o chocolate faz você pensar assim.

Durante a prova comecei a sentir uma dorzinha chata, que foi aumentando na velocidade da luz. Era cólica. Sofro de cólica monstro (quando tem um mini alien mordendo seu útero, achando que ele é balinha de goma).

Olhei pro teto e pensei: Por quê, Deus? Por quê?

Bom, precisei lidar com a dor.

No auge do meu amadorismo todo, a virgem de OAB decidiu escrever a peça e as 4 questões na folha de rascunho, pra só depois passar no gabarito. Lindo esse meu desejo de escrever com letra bonitinha e sem rasura. Mas pra um ser que tem a letra mais feia que de criança em fase de alfabetização, o tempo ideal pra fazer isso seria 10 horas e não 5h. (Palmas pra Ana) Terminei a prova no laço. Ufa.

Saí da prova e passado o efeito da tonelada de doce que ingeri, a realidade começou a bater na porta - no meu caso ela não bateu. Chegou na voadora, quebrando tudo, sem dó, nem piedade.

Desde então estou meio jururu.

Pra ajudar estou em semana de provas. Décimo período é essa loucura toda.

Mas o que é uma facada pra quem acabou de levar um tiro no peito?

Que venha o resultado e com ele uma faísca de esperança.

Pra finalizar, pude tirar algumas lições do Exame da OAB:

1º Se decidir usar calça clara pra fazer prova, não tome refri com o carro em movimento.

2º Sempre leve remédios na bolsa (dor desconcentra).

3º Anote os pontos principais na folha de rascunho e não a peça inteira.

4º Descobri que preciso fazer curso de caligrafia.

5º Tenha sempre um Pitelzinho na sua vida. Essa pessoa te ajuda antes da prova e te abraça depois, quando você percebe que não foi tão bem como gostaria.

6º Estude muito! Muito mesmo!

Por hoje é só pessoal. Sexta tem mais.

Assinatura Ana Paula

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