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quinta-feira, outubro 09, 2014

DIÁRIO DE UM POSTULANTE – REPROVEI NA OAB

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Sabe aquela semana que as coisas não correm bem do jeito que você esperava? Pois é.

Como desgraça pouca é bobagem, aconteceu de tudo na semana que precedeu o resultado da OAB.

Foi uma espécie de inferno astral na versão OAB.

Como todos sabem meu desempenho na prova não foi dos melhores e tinha plena noção disso. Pensei que estava preparada para receber o “REPROVADA”, ledo engano.

Por motivos de força maior passei a madrugada de quinta pra sexta chorando (fortes emoções).

Acordei com minha amiga entrando no meu quarto pra pegar uma peça de roupa.

Espreguicei-me, resmunguei (que mundo é esse que precisamos acordar cedo?) e olhei pro celular.

9:00 da matina. MEU DEUS DO CÉU. MINHA NOSSA SENHORA DOS ESTAGIÁRIOS. PERDI HORA.

Mandei mensagem pro boss avisando que chegaria atrasada.

Fui pro escritório parecendo o Minotauro depois de uma luta fudida. Olhos inchados, cabelo estilo mulher das cavernas, roupa coleção mendiga 2014.

Liguei o computador e ativei o modo F5.

ATUALIZA. ATUALIZA. ATUALIZA. ATUALIZA. ATUALIZA. ATUALIZA . ATUALIZA. ATUALIZA ATUALIZA. ATUALIZA. ATUALIZA. ATUALIZA ATUALIZA. ATUALIZA ATUALIZA. ATUALIZA.

A bendita página da FGV só dava erro. ¬¬’

Fui almoçar e durante o meu sagrado almoço descobri que havia reprovado.

Segurei o choro.

Respira Ana. Respira.

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Voltei para o escritório e fui verificar a minha nota.

Na hora que inseri minha senha, saltou na tela a palavra REPROVADO!

Senti como se estivesse numa sala de reunião com o Roberto Justos, com mil câmeras me filmando. Daí ele apontou o dedo pra mim, cravou os olhos nos meus e disse friamente: ANA PAULA SANTOS, VOCÊ ESTÁ REPROVADA. Eu, com toda maturidade e controle emocional de uma criança de 4 anos, descambei a chorar.

Chorei de soluçar. De fazer a lente de contato cair.

Chorei porque não tinha ninguém do meu lado pra me abraçar naquele exato momento, chorei porque me senti burra, chorei porque deveria ter estudado mais, chorei porque não pude estudar mais, chorei porque as parcelas do cursinho duram até dezembro, chorei porque eu choro com comercial de margarina, chorei porque chorar alivia.

Fato é.

Minha vontade era ir pra casa e ficar por lá até o apocalipse chegar. Porém, o mundo adulto não te dá esses benefícios, muito menos colo de mãe.

Queria sumir e esquecer da OAB.

Fui pra casa e durante o trajeto tentei ligar pra várias pessoas, irmão, mãe, pai, vizinho que não dá bom dia, amigos. Mas é muito Murphy pra uma Ana só. Quando você precisa DESESPERADAMENTE conversar com alguém a TIM ferra com você - ok a TIM sempre ferra.

Até que minha mãe atendeu. Enquanto ela falava, a única coisa que consegui dizer foi: Bãe – suga catarro – to bem. Depois a ligação caiu. Beijo pra TIM.

Bom, o grau da depressão foi tão grande que minha mãe encucou que eu estava usando drogas.

Concordei em parte com ela. O Exame da OAB é uma droga mesmo e sugou toda minha energia, alegria e disposição. Só me restou a beleza.

Fato é. Vivi intensamente a depressão do dia do resultado.

Depois fui pra balada curtir com os amigos, passei um fds inteiro vendo filmes, fui tomar café na padaria, saí pra conversar, terminei de ver a 2ª temporada de Orange pela 2º vez, comi horrores e cá estou, quase 100% outra vez.

Saiu um peso das costas.

Bom, que venha a Repescagem em janeiro.

Dessa vez com muito mais tempo pra estudar.

A parte boa nisso tudo? Sigo com vocês por mais alguns meses.

Conselho da Ana pra quem reprovou? Não deixe a coroa cair, princesa.

Por hoje é só pessoal. Sexta tem mais! ;)

Beijo no tumtum de vocês.

Assinatura Ana Paula

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