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sexta-feira, fevereiro 13, 2015

DOUTOR COXINHA – ADVOGADO DE RESPEITO NÃO PULA CARNAVAL

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Olá meus caros amigos, é com um misto de emoções que inicio a escrita deste meu pequeno texto. Explico: encontro-me em estado de extrema felicidade, pois pela segunda vez consecutiva, minha coluna ficou entre as mais lidas da semana, o que denota sucesso, além de saber que milhares de pessoas coadunam com meus pensamentos, contudo, também me entristece saber que meu terceiro texto para o Não Entendo Direito será publicado em plena sexta-feira de carnaval, data esta, que deveria ser extirpada do calendário nacional.

Alguns dizem que o carnaval é a maior festa popular do mundo, contudo, é impossível traçar um liame entre o carnaval e coisas boas, pois quando penso em carnaval, meus pensamentos remetem apenas a coisas como: gravidez indesejada, aids, pessoas embriagadas, brigas, acidentes de trânsito e etc.

Muito embora grande parte dos acontecimentos citados alhures acabam indiretamente refletindo em situações benéficas à classe jurídica, pois quanto mais confusões, mais serviços surgirão para os ilustres causídicos, a festa pagã não possui razão de existir.

Eu, advogado de respeito, abomino qualquer tipo de comemoração que envolva pandeiros, fantasias, confete e serpentinas, pois tenho plena consciência do meu lugar na sociedade e sei que necessito dar exemplo aos demais, especialmente àqueles que não possuem envergadura moral e intelectual para entender que o carnaval é um acontecimento que alegra apenas os ignorantes. O carnaval é o pão e circo dos dias atuais!

Em período de carnaval, nenhum advogado deveria aparecer em uma festa sequer, pois a profissão deve transmitir respeito, impor autoridade, autoridade esta que se transmite nas nossas vestimentas de trabalho, logo, seria impensado acreditar que o advogado que em uma sexta feira esteja fantasiado de bob esponja ou vestido de mulher, possa defender com seriedade um cliente na segunda feira seguinte, trajando um terno bem cortado.

PIERROT

Advogados são seres superiores, advogados não são como engenheiros, não são como professores de educação física, que podem se esbaldar, beber como se não houve amanhã, pois nós temos a necessidade de demonstrar a nossa superioridade, nós temos o dever de sermos os defensores da ética, da moral e dos bons costumes, e não é pulando carnaval fantasiado do pirata que conseguiremos isso.

É comum no carnaval as pessoas competirem para descobrir ao fim da festa quem mais beijou na boca, comportamento típico dessa juventude anencéfala que fala churras, facu e breja. Repare que você nunca verá uma competição de quem leu mais livros durante os 5 dias de descanso, justamente porque o carnaval incentiva a libidinagem, com o salvo conduto de que tudo é realizado por conta de uma tradição popular.

Tradição popular uma ova! O carnaval é a irresponsabilidade materializada em forma de festa!

Eu teria medo de ter um caso julgado por um Meritíssimo Juiz que eu tenha conhecimento que pulou o carnaval fantasiado de odalisca! Para ser juiz, promotor os editais deixam claro que o candidato deve possuir reputação ilibada, e perdoem-me os que discordam, mas não acredito que alguém que se fantasie, faça xixi na rua e se embriague com bebidas baratas e até mesmo lança perfume, possa ser considerado uma pessoa de reputação ilibada.

Por isso eu digo e repito: ADVOGADO DE RESPEITO, NÃO PULA CARNAVAL!

Deste modo, quem quiser me encontrar neste carnaval, não perca tempo indo aos salões de baile, pois lá não estarei, contudo, se você for a alguma biblioteca, poderá me encontrará com um pesado livro nas mãos, pois este é o local onde as pessoas de respeito devem frequentar.

Doutor Coxinha

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