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quinta-feira, fevereiro 04, 2016

GRUPO PROTESTA EM FRENTE À FACULDADE DE DIRETO

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Um grupo de cerca de 30 pessoas, a maioria ligada a coletivos feministas, realizou uma manifestação em frente à Faculdade de Direito de São Bernardo, na noite de ontem (3). Os manifestantes pedem o afastamento do professor T.P.C., acusado por uma aluna de estupro. A instituição abriu um processo administrativo para apurar os fatos. Existe também um processo criminal em curso, aberto em novembro. Ambos estão sob sigilo.

A manifestação foi convocada entre alunas do curso de Direito. “A gente defende que ele seja afastado para não atrapalhar a apuração. Nosso receio é que use do seu cargo para intimidar outros alunos ou os professores que formam a comissão”, relatou uma das alunas, que pediu para não ser identificada.

alunas

Segundo as participantes, além da acusação de estupro, existem diversos relatos de outras alunas falando sobre assédio cometido pelo professor. “Quem entra na faculdade já é informada pelo apelido dele (uma junção da palavra tarado com o seu nome). É um comportamento que, para algumas pessoas, não causa mais espanto. Se naturalizou”, informou outra aluna.

Segundo cópia de um e-mail ao qual a reportagem teve acesso, o professor está enviando mensagens aos alunos que estão produzindo monografias sob sua orientação e pedindo que os mesmos escrevam cartas de apoio, que serão anexadas ao processo administrativo. No texto, o professor afirma que os alunos poderão ser atingidos com o seu afastamento.

“Não é só uma manifestação contra a atitude do professor, mas contra a omissão da Faculdade. Esse professor, por diversas vezes, fez comentários machistas e apesar das inúmeras reclamações, a direção não tomou nenhuma atitude. Queremos chamar a atenção de todos os professores e dos alunos para esses comportamentos machistas e misóginos”, completou outra manifestante. As alunas optaram por não se identificar para não sofrer represálias.

Sindicância

A assessoria de imprensa da Faculdade de Direito São Bernardo informou, por meio de nota, que uma comissão de sindicância interna está se reunindo e trabalhando arduamente para a conclusão desse processo. “O procedimento correto para determinação de culpa é por meio da sindicância. Por conta do assunto ser sigiloso, a faculdade não pode dar declaração antes da conclusão, mas não significa que não estamos fazendo nada e sendo omissos, muito pelo contrário. Esse assunto é prioridade para a FDSBC”. O professor não foi localizado para comentar.

Fonte: Diário Regional

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