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quarta-feira, agosto 15, 2018

Entrevistamos Matheus Monteiro, o advogado que “ofendeu a juíza”

Unknown

                                    Não, não era um embuste do NED, um advogado realmente meteu umas ofensas hipotéticas pra uma juíza, na tentativa de faze-la “sentir na pele” como é foda ser ofendido por alguém, o caso é verídico e depois que pingou aqui no NED, todo mundo divulgou, mas ó, saiu aqui primeiro! Bêjo mãe!!!

Se a tese dele vai dar certo, ainda não sabemos, mas o NED, rápido como um guepardo atrás de sua caça, correu atrás do advogado que fez o recurso, ele tem nome de personagem do núcleo rico da novela da globo, ele se chama Matheus Monteiro de Barros Ferreira.

O Matheus é gente como a gente, tem 30 anos, entrou na faculdade amando direito penal, saiu achando civil mais legal e hoje atua principalmente no setor de registros públicos e como uma boa parte da galera, levou bomba na primeira vez que fez a prova da OAB, mas na segunda passou de boa, ele pensa em prestar um concurso mais pra frente, mas apesar disso afirma que a adora advogar, e enquanto não passa em nenhum concurso, o Matheus tem um escritório na rua Cabo José Benedito Salinas, 498 na cidade de São Luiz do Paraitinga (ohhhh saudade do carnaval de 2009) e respondeu umas perguntas que mandamos pra ele.

NED - Você virou destaque no mundo jurídico por ofender uma juíza, no campo hipotético e para expor os seus argumentos, como prefere que a gente te chame: maluco ou ousado? (se possível explicar o motivo)

Primeiramente, gostaria de deixar claro que eu não ofendi a juíza em momento algum. Eu apenas utilizei a decisão dela em dois recursos de linguagem: hipérbole e metalinguagem.

Na hipérbole, você cria exemplos máximos do entendimento ou do conceito exposto, para demonstrar o quanto é ridículo. Por exemplo, considerar ofensas à honra subjetiva liberdade de expressão, como "você é um pedaço de merda", e ao mesmo tempo considerar a expressão "você está errado sobre todo o resto" como sendo ofensiva.

Ora, se ser educado é ser ofensivo e ser agressivo é se manifestar dentro da constituição, tecnicamente, pelo entendimento da própria juíza, eu agi em liberdade de expressão na segunda fundamentação, quando usei termos chulos, e foi ofensivo na primeira fundamentação, quando fui educado, que configura a metalinguagem no texto.

Agora, eu prefiro ser chamado como vocês quiserem. Esse tipo de adjetivo sempre é natural do público. Fiquem à vontade para chamar de ousado, ou de maluco, ou qualquer outro adjetivo, pois isso sim é a real liberdade de expressão, desde que não seja de cunho ofensivo, exceto se cair na vara de São Luiz do Paraitinga/SP.


Este recurso foi uma forma de protestar contra o Poder Judiciário?

Esse recurso foi uma forma de protesto e de ridicularização da decisão da juíza sim.

Um caso fácil de ofensa pessoal, por escrito e bem documentada, onde uma pessoa é educada e a outra é chula e ofensiva, a ponto de xingar o pai e os tios do interlocutor, que nada tem a ver com o assunto.

Era um caso de exemplo de prova de concurso, que provavelmente a juíza prestou, bem simples. Então, é um protesto sim. A ideia era ser bem humorado, uma espécie de humor negro, onde uso recursos de linguagem para desmoralizar a juíza.

Se ela se sentir ofendida, é porque errou na sua decisão, provando que não passa de uma hipócrita e estará abusando de seu poder, pois discordará da própria decisão, quando aplicada a ela mesma.

Como se a proteção do dano moral existisse apenas para quem tem cargo e poder, jamais para os mau banhados pés sujos escória incauta que não pertence à casta divina do Judiciário.


Você tem alguma questão pessoal com essa magistrada?

Não tenho nenhuma questão pessoal contra a juíza local.  Mas eu acredito que um juiz deve aplicar a lei, com muita responsabilidade e jamais abusar de seu poder, que nesse país é quase divino.  Ela, simplesmente, não lê os processos e me arrisco a dizer que raramente os julga. Tenho um falso testemunho provado por documentos, que ela ignora e uma fraude processual, igualmente provada por documentos, que ela fingiu não existir. Ela teve a proeza de conceder justiça gratuita a um cliente meu, ratificada pela segunda instância, e posteriormente cobrar mais de 3 mil reais de perícia no despacho seguinte. Ou seja, ela não lê nem o que ela mesmo escreve.  Isso é preocupante, cada juiz é um ditador, essa é a nossa realidade.

Instabilidade jurídica e falta de credibilidade do judiciário, que não aplica a lei e nem lê os processos que lhe são ofertados.  Enquanto ficarmos calados e com medo, essa situação sempre persistirá. Não existe liberdade sem aplicação adequada da lei. E o preço da liberdade é a eterna vigilância. Eu estou disposto a morrer pela minha liberdade, se possível, e arrisco tudo o que tenho também, pois não consigo mais viver sob á égide da ditadura do Judiciário.


Ao elaborar uma peça tão ousada, não teve medo de ser punido? Aliás, acredita que ainda pode ser punido?

Posso ser punido civilmente pelo Judiciário, mas administrativamente somente a OAB pode me punir. Agora, serei punido por ofender, mas o réu que me ofendeu não será? Nem a juíza que não condenou o réu por me ofender, mas teria sido ofendida ?

Perceba a incoerência da mentalidade predominante na população, ao me colocar como "ousado" e ignorar o fato da juíza não aplicar a lei, o que é muito mais grave.

Acho que mais preocupante que um advogado maluco, é um juiz que não aplica a lei. Já pensou quantos inocentes ela jogou pra cadeia, ou quantos culpados ela colocou nas ruas ? Quantas vidas elas destruiu retirando os patrimônios de um e dando a outro, sem respaldo legal ?

"Ousada" é ela, que não aplica a lei e não lê os processos da sua comarca, pois ela põe em descrédito todo o Judiciário. Eu, só pus minha vida e meu patrimônio em cheque, no máximo. Já ela, coloca todas as vidas e todos os patrimônio de São Luiz do Paraitinga/SP. 


Não teme que este modo incisivo de expor seus argumentos possa prejudicar a relação que possui com a juíza da comarca e que hipoteticamente foi ofendida?

A verdade é que eu não puxo o saco de ninguém. E juiz julga olhando a capa do processo e o nome do advogado. Eu não concordo com isso e nunca vou entrar nesse sistema nojento.

Na minha cabeça, juiz não tem que gostar ou desgostar de advogado, tem de aplicar a lei. Recebe muito pra isso, normalmente acima do teto constitucional, inclusive. Somos nós que pagamos o salário deles e são eles quem nos devem satisfações.

E ela gostando ou não de mim, fato é que ela nem leu o recurso, não obstante existir a possibilidade de retratação em 5 dias. Basta ler o despacho genérico que ela deu no processo, caso tenha interesse.

No mais, ela já fazia merda comigo "anônimo", não imagino algo diferente "famoso". Pelo menos eu poderia alegar suspeição dela e rezar por um juiz melhor.

matheus

Você ia de terno pra faculdade? Como era o pronome de tratamento usado para se dirigir aos seus colegas durante o curso?

Eu não ia de terno pra faculdade, andava igual um mulambento na verdade. Meu nome é Matheus, mas eu tinha cabelo cumprido quando entrei na facul, em 2008. Nessa época, o Valdivia bombava no Palmeiras, daí meu apelido ficou Valdivia.

Aliás, alguns me chamam pelo apelido do apelido, como mago ou só Val.


Doutor é quem tem doutorado?

Pra mim, doutor é só quem fez doutorado. Permito que todos os meus clientes me chamem apenas pelo nome. Curiosamente, todos gostam dessa forma de tratamento.


Você é o autor e o advogado da causa, não acha que a emoção superou a razão?

Eu pensei 3 semanas antes de escrever e peticionar. Fiz tudo de forma premeditada e racional. Então, não, a emoção não superou a razão.

Como disse, usei dos recursos de linguagem muito racionais, hipérbole e metalinguagem.


Quando você perde uma causa, você fica com raiva da parte contrária?

Eu não fico irritado com a outra parte, mas fico muito irritado quando tenho certeza que o juiz não leu o processo, ou seja, sempre. A parte contrária não tem culpa, ela sempre vai querer se defender, mas o juiz é obrigado a ler a droga do processo e aplicar a porcaria da lei.

Aliás, eu venci uma causa quase perdida do meu próprio pai, provando que a parte contraria havia fraudado provas nos autos. Isso somente foi possível por que o juiz leu o processo e aplicou a lei.

Mesmo assim, ele não aplicou a litigância de má-fé.

Na verdade, eu sou muito bom em descobrir essas fraudes e mutretas. E fico, realmente, irritado quando o juiz ignora elas por preguiça de trabalhar ou por displicência.

Com a parte contrária, não tenho nenhum sentimento.


O que pensa do ditado conhecido no mundo jurídico que diz: "quem advoga em causa própria, tem um idiota como cliente"?

Desconhecia esse ditado, mas parece ter alguma lógica.


Você gastou 150 reais de custas processuais, e corre o risco de pagar sucumbência, não seria melhor ter gastado tudo em cerveja e afogar as mágoas ouvindo uns modão de sofrência?

Até seria, mas eu não gosto de sertanejo, então só me restou pagar as custas mesmo.


Se no tribunal os desembargadores falarem que o caso foi mero aborrecimento, do que você pretende, hipoteticamente, xinga-los no seu recurso ao STJ?

Não pretendo recorrer ao STJ, inicialmente. Minha ideia era chamar a tenção dos desembargadores, se não der certo assim, não dá mais certo de jeito nenhum. Não pretendo xingar ninguém, assim como não xinguei a juíza local.

Mais do que trabalhar com a lógica jurídica, eu trabalhei com a lógica moral da decisão. Minha ideia era expor o entendimento limitado e ridículo da juíza.


Tem habilidade como chapeiro, para trabalhar no McDonalds, caso perca a sua OAB?

Eu tenho habilidade para comer os lanches do MC e do Burguer King, espero ter para produzi-los também.


Você considera que a pergunta anterior foi ofensiva à sua honra ou um mero aborrecimento?

Considero que a pergunta anterior é liberdade de expressão com muito bom humor.


Já vimos que você gosta de uma polêmica, então responda pra gente: o correto é biscoito ou bolacha?

15 - Se tiver recheio é bolacha, se não tiver é biscoito, exceto se for wafer ou de leite, quando será sempre bolacha. Se for de polvilho, sempre será biscoito, mas nesse caso não tem recheio mesmo, caindo na regra comum.

Obs: Enquanto respondia as perguntas, o Matheus descobriu que a OAB já abriu um procedimento para suspende-lo preventivamente das funções de advogado. (sacanagem isso aí hein OAB)

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