Nesta semana li alguns
artigos que falam sobre o tempo estar passando mais rápido e gerando angústia
para os seres humanos, li também alguns que apontam a ansiedade como uma doença
generalizada nos últimos tempos, então existem diagnósticos que de fato estamos
mais atordoados do que de costume.
A ansiedade é inegável, e
tristemente é uma condição psicológica grave, o sujeito vive com o sistema
nervoso acelerado causando agonia, aflição, impaciência e irritação, como é que
uma pessoa que vive dessa forma pode fazer algo bom de fato? Não se trata aqui
de ruindade ou outro adjetivo pejorativo, falo de qualidade de vida e seus
efeitos no meio.
Aponta-se a ansiedade como
primeiro problema para chegar em outro: a cidadania atual.
Oi?
Acompanhe o pensamento: existe
a legendária definição de que cidadão “é aquele que possui direitos e
cumpre seus deveres”, mas se for mal feito, vale? Não! De nada adianta a velha
frase de que “mas o que vale e a intenção” porque se fosse assim Brasília seria
um templo sagrado transbordando energia boa.
Falando em tópicos, vamos
aos deveres: todos cumprem suas tarefas, vão trabalhar e estudar, todos são
exemplos de conduta! Nem tanto...É muito comum vermos pessoas sempre correndo,
atrasadas, compensado algo ou procurando alguém em uma amargura sem fim; a culpa
é colocada na forma que levamos a vida, o tipo de sociedade em que estamos
inseridos e blábláblá, sim, é verdade, mas nós é que formamos tudo isso, é um
efeito borboleta e alguém tem que começar, é clichê e é verdade: gentileza
gera gentileza... Não prego uma conduta de um santo, mas de uma pessoa normal,
que compreende a igualdade entre os humanos e age pela empatia. Hoje temos milhares
de cidadãos cumprindo seus deveres, mas para isso vão cortando outros no
trânsito, explodem com pequenos contratempos, cometem injustiças em prol do
“ganho de tempo”, prestam atendimento de forma ríspida, sentenciam sem
aprofundar de fato a análise, trabalham de mau humor; em resumo, temos pessoas
cumprindo suas obrigações, mas com raiva e sem grandes cuidados.
Já sobre os direitos não
há muito que comentar somente a verdade de que as mesmas pessoas que são grosseiras
com seus semelhantes são aquelas afoitas pelo respeito aos seus direitos,
querendo que o mundo as trate com toda a suavidade e tolerâncias que elas não
possuem.
Acredito que ser
contraditório é parte da natureza humana, mas “evoluir” para a intolerância,
não. Cada vez mais estamos necessitados de humanismo e cada vez menos fazemos a
nossa parte para que isso exista, sempre contamos que o primeiro movimento seja
da outra pessoa cabendo a nós a mera compensação, estamos ficando egoístas e
egocêntricos, dessa forma não vamos muito longe.
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