Já dizia o mestre
seu madruga que a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena. Contudo,
além do orgasmo e tirar um sapato apertado dos pés, poucas coisas superam o
doce gosto e o prazer da vingança, e assim sendo apresento-lhes um caso épico
de como se vingar linda e bonitamente de alguém.
Dizem as más e boas
línguas que certa vez em uma audiência trabalhista no norte da Paraíba e
minutos antes de iniciar a audiência, o patrono ficou sabendo que as suas testemunhas
não iriam comparecer, assim em meio ao desespero de perder uma causa, saiu
desesperado à porta do fórum e com sua lábia ímpar, conseguiu convencer um
transeunte a fazer o papel de um antigo empregado da empresa.
Instruiu-o a dizer
que trabalhava lá há vinte anos, e que nunca havia visto o autor da ação na
empresa. Obviamente, com o depoimento da testemunha forjada, o empregado viu
sua ação ser julgada improcedente.
Ocorre que alguns
anos depois, o advogado do empregado que perdeu a causa encontra, na rua, o
falso empregado e sabendo através de seu antigo cliente que aquele nunca
houvera trabalhado na empresa em questão. Resolvu chamar o cidadão para um
animado bate papo regado a muitas cervejas e cachaças, quando a “testemunha”
estava chamando meu nego de meu loro, o advogado matreiro , pergunta se ele
ainda trabalhava na empresa, e este confessa que nunca trabalhou lá, e que foi
tudo armação.
Assim, como havia
perdido os honorários da causa anterior, o advogado propõe ao falso empregado
que entre na Justiça contra a empresa, dizendo que trabalhou lá vinte anos, sem
carteira assinada, juntando como prova o depoimento que prestou na outra
reclamação trabalhista.
Reclamação
trabalhista pronta e distribuída, a empresa, pega desprevenida, não pôde negar suas
alegações e acabou condenada!
O falso “empregado”
ganhou a causa, e o advogado do verdadeiro sentiu o gostinho da vingança…
História adaptada de
um causo lido no adormecido Página Legal