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segunda-feira, maio 07, 2012

Abismada Bea - Is it evolution, baby?!

Beatriz N.E.D.

Estamos muito apáticos e as condutas anormais de corrupção, incapacidade, postergação, ignorância só servem de desculpas para continuarmos inertes; esse tipo de situação sempre existiu (afinal, “nada do que é humano me é estranho” – Terêncio), mas de uns tempos para cá perdemos o impulso juvenil, quase inocente, de revolta e insatisfação, existem movimentos por causas específicas, mas isolados, na maioria das vezes totalmente virtual e é justamente nesse ponto que mora o perigo: aquilo que facilita também nos afasta. Vejo poucas pessoas empolgadas em fazer parte de grupo de discussões ou empenhadas em analisar candidatos antes de darem seus votos na “vida real”; adoro a internet, é o meu meio mais utilizado para qualquer forma de contato e pesquisas,  mas percebo que ela também vira um escudo, as opiniões e “atuações” através dela são bem mais fáceis e virtuosas, e na vida real que é bom, nada! 
Há tempos nos deixamos levar com idéias utópicas de que “alguém vai ajudar a acabar com a corrupção”, “alguém deve ajudar a acabar com a fome no mundo”, “já pago os impostos falta os governantes tomarem atitudes” e esquecemos que esses “alguéns” muitas vezes somos nós, mas por acomodação deixamos a oportunidade passar e colocamos a batata quente nas mãos de outra pessoa... Para o tema ficar mais “jurídico” temos os exemplos de coragem virtual que foram dados aos montes depois do VI exame da ordem (ou seria prova máxima da incapacidade de avaliação que um juntado de seres podem chegar?), depois que foi comprovado que a banca responsável por analisar os recursos encheu de respostas padrão ou deu respostas iguais ao espelho (o que significa que de nada adiantou, para a maioria, entrar com o recurso) era um tal de “vamo quebra tudo!”, “nossa, é uma vergonha, isso tem que acabar”, mas na hora que foi perguntado “quem vai entrar com mandado de segurança para reverter isso?” foi um tal de “ain, tenho medo de só perder tempo”, “ah, não vou me incomodar com isso.”, “alguém vai entrar, eu prefiro fazer outro exame mesmo”...  Foi quase uma conversa bipolar se parar para analisar. Isso foi só um exemplo de que a evolução parece está ligada somente a maior quantidade de aquisições através do menor esforço possível, questões sobre aprendizado, justiça, igualdade, empatia, direitos ou obrigações já não mais têm importância.
Estamos preocupados com o conforto e não mais com a vida como um todo, consternados em nos poupar ou por não sabermos lidar com frustrações, esquecemos que viver é desconfortável e na maioria das vezes cruel, mas ainda sim é só através dos ônus e bônus que estaremos de fato usufruindo de tudo que existe nela... E isso sim é que vale a pena.


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