Amigos lindos e garbosos da nação fundística, acho que nunca comentei aqui, mas se tem um ser que é viciado em esportes, este ser sou eu, deixo consignado aqui que sou viciado em assistir, porque praticar cansa muito. E quando digo viciado é viciado mesmo, assisto até reprise de salto em distância.
E se você não mora na lua deve saber que as olimpíadas começaram na última sexta feira e aí é que o bicho pega, porque o horário da maioria dos jogos é justamente no horário de trabalho. Deveria ter pensado nisso antes pra programar uns dias de férias, mas não fiz isso e agora só me resta engolir o choro e trabalhar.
(primeira parte completamente fora de propósito, e que possui apenas o intuito de sensibilizar os nobres proprietários do escritório a me fornecerem 2 semanas de folga remuneradas para que eu fique em casa assistindo televisão)
Agora simbora com o texto. Saibam vocês ou não que moro em Campinas, cidade esta um tanto quanto peculiar, pois encontra-se no interior do estado, mas experimente dizer para um Campineiro que somos interioranos pra ver, o povo se ofende e diz que está perto da Capital, que tem o maior polo não sei do que, maior aquilo outro e assim vai.
Então como estamos aqui qualificando as coisas desta famosa megalópole também conhecida como a terra dos viados eu gostaria de incluir alguns órgãos da justiça nessas qualificações acima, e assim eu lhes digo que a justiça estadual de Campinas também é grande, é uma grande bagunça.
Eu sei que existem regras que devem ser seguidas por toda a justiça estadual e algumas delas são regras simples que regulamentam carga de processos, vista dos autos no balcão e coisas assim. Só que essa porra de procedimento não existe aqui na cidade, cada diretor de cartório cria as suas regras e foda-se você amigo estagiário, foda-se você amigo advogado.
Não sei como é que funciona em outras cidades, mas aqui se você precisar fazer carga de um processo qualquer, esta carga só é liberada se constar tal informação no último despacho judicial, ou como eles preferem chamar, só faz carga se estiver em termos, ou seja, se no último despacho o juiz não se pronunciar expressamente sobre qual parte deve praticar algum ato, ninguém pode tirar o processo de lá sem que faça um pedido ao eme eme para que ele libere a sua carga.
Nestes dias em um processo houve a determinação de bloqueio nas contas de um cliente e fui então tentar carga do processo, mas ó o que me disseram: “só teve ordem de bloqueio, não tá falando aqui que vocês podem fazer carga, então só sai daqui com liberação do juiz”
Caralho, tão bloqueando a conta corrente do cara e eu ainda tenho que pedir pro juiz me deixar levar o processo pro escritório, então ok, vamo nóis na sala da OAB novamente fazer uma petição rápida pra despachar com o juiz, só que ao chegar na sala do ilustríssimo senhor doutor juiz de direito eis que leio o seguinte aviso colado na porta, “não são despachados pedidos de carga de processos, os pedidos para cargas que não estão em termos devem ser feitos via protocolo”
Porra!
Vai o Livan lá fazer o protocolo de urgência!
Protocolo feito, volto para o escritório e me programo para ir até à Cidade Judiciária novamente no dia seguinte, mesmo sabendo que eles não iam juntar uma petição de um dia para o outro, mas como dizem, se você tiver uma sogra chamada Esperança você está fudido, pois a esperança é a última que morre! E assim estava eu lá de novo e no mais puro estilo João sem braço cheguei até a secretaria e disse que queria fazer carga do processo número tal, o elemento foi até lá atrás voltou com os autos nas mãos, pediu minha OAB, e me entregou o processo. CARGA REALIZADA!
Pensei comigo mesmo: subestimei o pessoal, não é que eles já juntaram a minha petição?
Mas ao chegar no escritório fui olhar o processo e a minha petição não tava lá, ou seja, cada filho de uma madre caridosa da secretaria adota o seu próprio procedimento e aquele livrinho de regras que eles devem seguir certamente está servindo de “calço” pra alguma mesa que tá com o pé capenga. E à você nobre advogado, resta correr essa maratona todos os dias na esperança de que uma hora ou outra você vença a corrida.
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