Não vim falar de amor
Não vim falar de empatia
Não vim falar de identificação
Não vim falar de conseqüências
Não vim citar artigos sobre penas e multas
Não vim argumentar contra a falha na educação
Não vim criticar a forma apática que o mundo está tomando
Não vim esculachar sobre os defeitos dos outros
Quero mostrar que independentemente de tudo, existem regras
Quero mostrar que vivemos juntos
Quero mostrar que por isso temos deveres desconexos de nossas vontades
Quero mostrar que cada um vive como quer, mas não pode tirar a vida de
ninguém
Quero mostrar que a vida não é só aquela que entendemos
Quero mostrar que a vida é ampla e variada
E que por isso, qualquer forma de vida deve ser tratada com o mínimo de
respeito
Quero mostrar a morte
Quero mostrar que frente a ela tudo fica pequeno
Não existem contas para pagar
Não existe pressa
A morte é exata, alcança tudo e todos
Independentemente do tipo de vida que foi perdida
Independentemente da forma que aconteceu
Vim falar de consciência
Vim falar de tudo que não se pode esconder ou evitar
Vim falar que não existe carro suficientemente veloz que te tire da
cena
Vim falar que não existe uma noite bem dormida que te apague a memória
Vim falar que não existe bebida forte que te arranque o remorso
Contra fatos não existem argumentos
Mas contra erros existe perdão
Contra acidentes não existe salvação
Mas existe a lição aprendida e nunca mais repetida
Prefiro mil vezes ser um gato
Ser um cachorro
Ou ser uma bactéria
Prefiro mil vezes outra forma de vida do que essa humana onde sou
obrigada a me classificar como semelhante daqueles que não se importam como
nada do que foi escrito aqui.
Como disse, não vim falar de amor, da dor, da perda, da
saudade... Isso são problemas meus.
Vim falar da falta de responsabilidade, hombridade, descaso e ignorância porque são problemas nossos.
Vim falar da falta de responsabilidade, hombridade, descaso e ignorância porque são problemas nossos.
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