Eis que ressurge esta coluna \o/
“Eu andei errado eu pisei na bola,
parei de postar já faz um tempão...”
=)
Andei
relembrando como foi o início da faculdade, lembro que existia uma energia
sobrenatural que me movia para terminar a graduação e agarrar um código qualquer para defender os ideais que acreditava serem os corretos. Lembro de como era
instigante o fato de poder ser um meio de concretização de sonhos, libertação
de problemas e obtenção de justiça... Daí a vida me tirou isso, juntamente com
a caneca de nescau morno que eu costumava consumir com tanto amor.
Isso não
é uma postagem sobre o quão amargo pode ser viver, mas sim sobre o quanto nos
iludimos e desperdiçamos energia com aquilo que NUNCA poderia ou será mudado.
Ficar
dando murro em ponta de faca não é sinônimo de espírito desbravador e coragem, é
infantilidade e tempo de sobra. Querer melhorar o meio é uma coisa, insistir em
situações já concretizadas é tolice... É como querer brigar com Súmulas do STF
sob o argumento de “tipo assim, acho que não...”. Além de desgastante, essa
ilusão de principiante acaba dando vida para um monte de palhaçadinhas, como
ficar fantasiado de advogado já na primeira fase do curso, achar que porque a
família tem escritório a vida já está ganha e sob controle, querer doutrinar
colegas que fazem engenharia ou matemática, achar que especialista em direito
tributário porque conseguiu se livrar de uma multa de trânsito e por aí vai... A
empolgação natural quando passada da medida nos dá o papel de tolo e
sinceramente é o que mais tem por ai.
Porém, até
o fechamento dessa coluna, não sei se é pior o acima citado ou o oposto: as
pessoas que não dão bola para nada e acham que tudo se ajeita conforme passa o
tempo, não cumprem seus deveres, repassam a responsabilidade para os outros, não
assumem seus erros e não contribuem para nada de relevante - apesar de que em
geral são ótimos parceiros de balada, churrasco sem carne e esquenta no posto –
mas acredito que esses são os dois extremos a serem evitados somente, não se
trata de uma competição para ver quem é o pior.
O ponto
é: não seja uma vaquinha de presépio e só siga o fluxo, mas também não seja um
obcecado por causas perdidas só para acalentar seu ego e mostrar que sabe
argumentar como alguém do Law & Order ... Entenda que a real diferença está
em fazer parte do todo e dentro das reais possibilidades modificá-lo para que um número
alto de pessoas possam ser beneficiadas.
P.s. – Tudo isso porque é
irritante demais ver alguém que mal completou a maioridade esbravejando “verdades”
como se estivesse nesse mundo há mais de dois séculos ou acomodado como alguém
que já viveu o suficiente e só espera a morte chegar.
beatriz_ned@yahoo.com.br
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