Oi, oi, oi, oi, (Em ritmo de dança kuduro)
Bom dia pessoas intelectuais e sonolentas! “Estoy yo” aqui outra vez para falar sobre o árduo cotidiano dos estagiários de direito!
O texto de hoje é dedicado, principalmente, aos digníssimos colegas estagiários da área penal/criminal, que frequentemente lidam com os mais diversos tipos de pessoas que provavelmente você não emprestaria uma xícara de açúcar não são o exemplo de “boa vizinhança”.
É de conhecimento geral que toda cidade possui aquele bairro em que o Mufasa diria à seu filho “FICA ALÉM DE NOSSA FRONTEIRA SIMBA, JAMAIS DEVE IR LÁ.” (se você não sabe quem são esses 2 personagens sua infância foi uma merda) e que frequentemente é o centro das atenções no “Jornal do Datena.”
E é desse lugar sombrio e nebuloso que parecem surgir todos os comprovantes de residência nos processos criminais, bem como é o destino de incontáveis cartões de visitas dos advogados criminalistas e dos Brastemp’s (faz tudo) porta de cadeia.
Corriqueiramente ao circular pelo fórum (você mesmo que foi devolver os processos no post da semana passada) é possível se deparar com algum “laranjadinho” nos corredores, e esse amigo vestido a la Garfield que causa estranheza e até um certo temor à alguns, deve ser tratado com respeito por você caro amigo estagiário, pois mesmo que você não escolha um caminho que conviva com a “delinquência”, como futuros operadores do direito temos a obrigação de tratar a todos digna e eticamente, independente das circunstâncias (falei bonito né?) e caso você escolha uma profissão que se identifique com isso, não custa fazer o mesmo e ainda oferecer um cafezinho para um provável futuro cliente, certo?
Porém, além dar boas maneiras, esse diário também serve para nada descrever o que acontece na prática, e como vocês já devem saber, metade das exigências “criminais” que o legislador escreveu não acontecem de fato, causando a maior merda algazarra.
Uma dessas coisas constrangedoras é o RECONHECIMENTO, principalmente a nós estagiários com cara de malaco do sexo masculino...
Quem nunca foi chamado juntamente com outro colega estagiário para ficar ao lado do meliante para a testemunha reconhecer? Isso acontece, e muito, mesmo que para “alguns” não seja muito difícil diferenciar
um bandidão de um estagiário com uma camisa com um jacarezinho da Lacoste. (Eu mesmo devo ter nascido com o lado criminoso avantajado, pois já me confundiram com estelionatário, assaltante, pichador, embriagador de indígenas [vide Google])
Já vi estagiário algemando, acompanhando policial na viatura, dando conselho amoroso, sem falar no estagiário psicólogo, que deveria ganhar até um duplo diploma ao final do curso, por que já “sai pro mundo” com mais histórias que o roteiro do Chaves.
Mas não são por essas e outras que esse ramo deixa de ser uma coisa muito interessante, particularmente acho que cedo ou tarde todos serão um pouco apaixonados por direito civil, civil, civil, civil penal.
Fica aí uma boa dica pra quem está perdido em alguma vara cível só atendendo telefone e fazendo café, “novos ares” sempre são bem vindos! (principalmente se o salário for maior)
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