Bom dia nobres ... Depois de contar a minha trajetória na OAB, finalmente contarei sobre como tenho me preparado para o próximo exame.
Entre um problema e outro no meu trabalho, entre uma prova e outra na faculdade, tenho procurado estudar.
Quer dizer, não estudar assim, da forma tradicional. Nessa semana, por exemplo, gastei horas elaborando mentalmente uma estratégia super eficientérrima para estudar só as matérias que eu gosto e ainda sim passar na OAB (Pensei, pensei, pensei e não sai do lugar).
Disposta a espantar essa inércia estudantil, fui responder as provas anteriores da OAB, naquele site jurisway. Pra quem gosta de resolver os exames passados é um site legal, ele dá a resposta, em algumas matérias explica a questão e ainda mostra o nível de dificuldade, percentual de pessoas acertaram e quantos internautas assinalaram a mesma questão.
Depois de muitas questões respondidas eis que leio a pergunta sobre perfilhação. A OAB só pode tá de brincadeira comigo perguntando isso. Eu sei a resposta devido às pesquisas que fiz para o meu TCC, mas só por essa única e exclusiva razão. Esse instituto “perfilhação” vem do direito português, raríssimas vezes a doutrina brasileira usa esse termo. O cara que elaborou essa questão deve ter um saquinho “temas fdp que nem eu sei a resposta“ e deve ter sorteado. Bom, como minha indignação não vai me ajudar a passar na OAB, prossegui respondendo.
Um certo tempo depois esqueci as questões e fiz um retrospecto desses 5 anos de faculdade. Engraçado, me lembrei que no primeiro ano todo estudante de direito quer falar palavra difícil, acha que sabe tudo, mas não faz nem idéia do que é o seu ésseteefe (um cabeçudo escreveu assim uma vez). Incrível como estudante de direito se acha esperto, inteligente e acima dos demais seres. Chego a desconfiar que arrogância seja uma matéria constante da grade curricular.
Não sei se com as outras pessoas é ou foi assim, mas eu tenho a impressão que no primeiro ano eu achava que sabia muito, cinco anos depois eu tenho certeza que não sei nada. Quando estava respondendo as perguntas, vi lá muita coisa que eu nem fazia idéia do que se tratava.
Ando me questionando sobre o que eu teria feito nesse tempo inteiro de faculdade que não prestei atenção. Na verdade eu até sei a resposta: Fui no buteco muitas vezes, gastei muitas horas aperfeiçoando técnica de colagem de adesivo da pucca nas costas dos meus colegas. Aprimorei o modo soneca com a caneta na mão (que mais parece que eu tava psicografando) e tive longas e intermináveis conversas.
Agora só me resta engolir o choro e correr atrás do prejuízo ( e que putaaaa prejuízo) .
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