Diário de uma Doutora – Precisa de advogada

Olá nobres ...

Após uma semana cheia de trabalhos não muito jurídicos, e escassos contatos empregatícios, cá estou. E nessa loucura de dizer que não te amo♫ de batalhar por uma colocação no mercado de trabalho, continuo me deparando com propostas pra lá de indecentes.

Mas, considerando uma notícia vinda lá da terra do tio Sam, as propostas indecentes daqui ainda são menos piores do que a realidade de alguns que vivem o “sonho americano”. Lá nos E.U.A, advogados estão processando as faculdades que estudaram por não conseguirem emprego.

Os advogados argumentam no processo que, após a conclusão da graduação, acabam trabalhando como garçons e vendedores, entre outras profissões, e que suas remunerações são insuficientes para pagar os financiamentos assumidos durante a faculdade, para pagar as mensalidades.

Eu realmente fiquei ‘chocada’ com essa notícia. Eu aqui reclamando de como advogada recém-formada receber MENOS que estagiário, e alguns doutores de lá indo trabalhar em profissões que não exigem nenhum tipo de curso superior.

Não conheço o mercado de trabalho de lá e nem tenho informações suficientes sobre o processo ou o sistema educacional americano para poder formar uma opinião, mas, penso que às vezes é mais fácil achar culpados do que reconhecer a própria deficiência. Ou às vezes é mais fácil tentar descolar uma grana fácil com processo, do que correr atrás de trabalho

Diploma e registro profissional não garantem emprego para ninguém. Ou mexes as nádegas em busca de trabalho, ou passarás a vida a reclamar da falta de grana.

E só para constar, se a moda pega aqui veríamos 90% das faculdades no pólo passivo das ações, e certamente veríamos a União (o MEC) e a OAB também. Seria uma verdadeira caça às bruxas até que seria legal.

Por essas e outras que eu estou correndo atrás, inclusive, acatando a dica de uma leitora, já mandei fazer uma camiseta com os dizeres: Sou advogada, posso te defender! E mandei fazer uma barraquinha para ficar na porta do fórum, pelo menos de fome eu não morro, segundo ela.

Abraços!