Não
é de hoje que a banca examinadora da prova da Ordem dos Advogados do Brasil vem
fazendo cagadas em cima de cagadas no que diz respeito à correção das provas.
Muito
embora tenhamos que ignorar cerca de 80% do chororô que acontece depois da cada
prova, pois essa porcentagem de reclamações vem de alunos despreparados e que
foram reprovados, mas que por conta disso, não possuem desculpas para o
insucesso, assim, eles usam a tão mal falada organização como bode expiatório,
para se sentirem menos culpados, alguns dizem que a prova foi mal redigida
quando na verdade eles fracassaram com “méritos” próprios e nem precisaram da
OAB pra se darem mal na avaliação.
Porém,
algumas críticas são mais do que justas e as incoerências são absurdas, a
começar das pontuações atribuídas a cada quesito avaliado. Como pode por
exemplo a exposição dos fatos em direito penal valer 0,20 pontos e em civil
valer 1,2? Como pode o endereçamento na prova de constitucional valer mais do
que o endereçamento da prova de direito tributário?
Pois
bem, quando a gente achava que a OAB já tinha errado tudo que era possível no
último exame em direito civil e tributário, eis que começam a surgir manifestos
de outras matérias reclamando de diversos tópicos, um pessoal que tá fazendo um
barulho considerável é a galera de direito penal, pois segundo a galera do
barulho uma das questões não possuía dados objetivos capazes de dar ao
candidato condições plenas de apresentar uma resposta correta à questão.
Eu,
como tributarista que sou, não vou me envolver nas questões práticas e matérias
da pergunta, pois posso e certamente erraria nas minhas explicações, mas
existem professores, alunos, cursinhos e até mesmo a OAB do Rio Grande do Sul
se manifestando contra a questão e pediram a anulação da mesma, assim,
percebe-se que não é uma reclamação sem fundamento.
Porém,
o que era pra acontecer já aconteceu, se fosse pra fazer alguma coisa, seja
anular, se explicar ou algo do tipo, já teriam feito, assim como fizeram com a
prova de tributário e direito civil, assim, apesar das manifestações, nada deve
mudar.
Alguma
coisa precisa ser feita urgentemente para que erros como estes não voltem a
acontecer, pois quem sofre com tudo isso são àqueles que estão do lado fraco da
corda, os alunos, que já se matam de estudar (nem todos), e depois ficam
sofrendo na dependência de uma correção que não se sabe que parâmetros vai
adotar.
Assim,
nós do N.E.D. levantamos a bandeira para que a OAB defina critérios objetivos e
unificados para a correção das provas, com valores idênticos para os quesitos
analisados. Por exemplo, o endereçamento tem que ter valor igual para todas as
matérias, assim como para a exposição dos fatos; a definição de apenas 2 ou 3
teses de defesa em cada matéria, pois é foda um estudante ter que combater 15
tipos de coisas em uma prova de direito do trabalho e coisas do tipo; divulgação
do padrão de respostas uma hora depois da realização da prova.
Deste
modo, nós, como página “juridico-humorista” não temos muita credibilidade para
reclamar de alguma coisa, mas ainda assim, estamos aqui, na rua, com nosso
cartaz em punho engrossando o coro que grita em alto e bom som: PORRA OAB!