Olá, nobres e ilustres!
Setembro de 2013.
O tempo passou. Hoje completamos um ano de coluna. (aplausos)
Fico feliz em poder dizer que neste ano a maioria das minhas aspirações de coxinha leite com pêra caipira pseudo intelectual/analfabeto funcional se realizaram. Outras infelizmente não (o N.E.D. não me fez gostar de chuchu e o dono do blog também não libertou meu pai do cativeiro. Pai, te amo.), mas quem liga pra chuchu e família quando se ganha o salário em tomates e doutrinas desatualizadas?
Para o próximo ano a meta é aumentar o vale refeição de R$ 1,75 pra R$ 2,00, além de uma entrevista no Jô e outra no Danilo Gentili, a entrevista na Plaboy pode ser pra 2015. Para os esperançosos com minha saída, já diria Zagallo “Vocês vão ter que me engolir”.
Assim, para relembrar os primórdios e áureos tempos, a coluna de hoje trará o repost do primeiro texto do Diário de um Estagiário, boa leitura!
“Aqui e agora têm início o “Diário de um Estagiário”, espaço este que será destinado a levar semanalmente até vocês, sofredores, a batalha diária (ou não) que é ser um estagiário de Direito.
Quem aqui vos escreve é um humilde estudante (lê-se frequentador) do curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú – SC, famosa cidade conhecida pelos altos índices de prosperidade, ostentação e libertinagem, vida essa que não condiz com a classe econômica dos estagiários, e, portanto, sendo posteriormente substituída nessa coluna por insolvência civíl, moedas de baixo valor e onanismo.
Porém meus caros, houve um tempo onde nem tudo era assim. Façamos então uma nostálgica viagem a um passado não tão distante.
A pouco você ainda estava no Ensino Médio, e em meio a todos os pensamentos sobre relacionamentos/fornicação/faixa etária da balada, eis que em uma tarde de ócio ao som de jingles de candidatos políticos, você acaba se perguntando: “que merda farei da minha vida?”.
Tão logo, repleto pelo sentimento de justiça e cativado pelo status de magistrado, ou simplesmente por não querer fazer Administração ou Publicidade, decide cursar Direito e se tornar um DOUTOR.
Ainda achando que Vade Mecum é algum tipo de comida árabe e conhecendo apenas a “Lei de Gaga”, você, jovem e futuro dado estatístico da OAB, parte para seu primeiro dia de aula. E é ali mesmo que seus sonhos começam a ser destruídos a ficha começa a cair.
Já consciente de que seus cinco futuros anos de dedicação/noites mal dormidas não serão integralmente compostas de terno, gravata e palavras em latim, bem como não querendo depender de seus progenitores melhores abastados, resolve buscar uma fonte de renda digna e encontra como melhor opção o célere ofício, tão amado e ao mesmo tempo tão odiado, o ESTÁGIO.
Seja peticionando, digitalizando ou protocolando. Ou até numerando páginas, fazendo café, trocando o galão d'água, acumulando pontos no Candy Crush, reclamando do salário, não importa! No fundo tudo gerará um aprendizado e cedo ou tarde você acabará ouvindo um “poxa, como eu queria poder fazer um estágio...”.
Então é isso minha gente, seguimos matando um leão por dia, resolvendo (e levando a culpa) os incontáveis problemas contenciosos que na maioria das vezes foram causados por um colega de “profissão”.
Como já diria o bordão do Livan: “Sofredores, uni-vos!”, pois meus colegas estagiários sabem, a culpa é e sempre será nossa!”
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