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quinta-feira, novembro 14, 2013

Diário de uma doutora: Advogados imorais!

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Na semana passada eu quis, de modo precário e com o texto ruim de sempre, demonstrar que advogados não são melhores ou piores em razão da área de atuação, e que, especialmente advogados criminalistas não são bandidos, muito menos possuem uma tolerância maior com quem comete crimes (advogado criminalista não é bandido)

Contudo, mesmo chamando de tacanho esse pensamento que coloca em pé de igualdade o acusado de um crime, com o advogado que o defende, li comentários vindos de advogados, que chamavam de IMORAL o advogado que defende “assassino”.

Conclui que meu texto não era mera ficção ... O preconceito ( e o pensamento pequeno) está em todo lugar!

Eu queria poder responder o Doutor que chamou de imoral os advogados criminalistas que, quando ele atropelasse e matasse uma criança que se jogou na frente do carro por estar distraída correndo atrás de uma bola (situação que pode acontecer com qualquer pessoa habilitada, com carro), que ao invés de pedir que a defesa seja feita por um imoral, peça para um advogado trabalhista. Ele apresentará um “ recurso de revista” como ninguém em seu processo criminal, ou um tributarista ilibado, que com uma exceção de pré executividade “conseguirá a liberdade provisória”.

Mesmo querendo, eu não posso responder dessa forma ao advogado, sabe por quê? Ainda que eu não concorde com a opinião dele, ainda que o julgue um boçal, e etc, ele está no direito dele de achar o que ele quiser.

Assim como meu pai, um senhor simples, quase com setenta anos, tem o direito de xingar o advogado do padrasto do Joaquim, de tudo quanto é nome, ao assistir a entrevista dele num determinado jornal meajudaaí . Tudo bem que eu tentei por algum tempo convence-lo que o advogado não “acha legal” a morte de um menininho, supostamente provocada por seu padrasto, mas, não consegui mudar a opinião dele, e me calei, afinal cada um tem o direito de pensar como julga correto, ainda que eu ache um absurdo, É DIREITO DELE PENSAR ASSIM!

adv

É difícil fazer as pessoas perceberem que uma coisa é o trabalho, outra são as convicções pessoais do advogado. Como já dito, eu posso defender os interesses de qualquer um que tenha praticado um crime, mas isso não tem qualquer relação com o meu sentimento íntimo de desejar uma sociedade sem assaltantes, traficantes, homicidas, estupradores, etc ...

Ou só porque eu advogo na área criminal eu gosto quando roubam o meu carro, ou acho o máximo ser estuprada? NÃOO NÉ!

Porém, toda argumentação não vence os muitos anos de reportagem, programas, filmes, matérias e afins, que retratam advogados criminalistas como grandes parceiros de “bandidos”. Essa foi a “lição” que nos foi passada, ta enraizado!

Só me resta engolir o choro, recolher-me a minha “imoralidade”, e me dirigir a delegacia de polícia acompanhar um flagrante! Adios ...

assinaturamari

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