Considerado o maior ídolo pop de todos os tempos, Michael Jackson morreu em junho de 2009 devido a overdose de um anestésico administrado pelo médico Conrad Murray, que veio a ser posteriormente condenado a quatro anos de prisão por homicídio culposo.
Um grupo de 34 fãs de Michael, de diversas localidades da Europa e dos Estados Unidos, entrou na justiça contra Conrad, cobrando reparações pelos “danos emocionais” causados pela morte do astro. Com o tempo, alguns advogados foram desistindo da causa, mas não foi o caso do francês Emmanuel Ludot. Ele foi até o fim da batalha judicial e, mesmo sob as piadas dos colegas, conseguiu fazer com que um juiz do tribunal de Orleans, na França, considerasse verossímeis os argumentos de cinco autores da ação.
Segundo o juiz, o suíço, o belga e os três franceses, que se fizeram presentes ao lado do advogado no andamento do processo, provaram o sofrimento real com a morte do artista americano, através de laudos médicos, por isso, receberão o valor simbólico de 1 euro como indenização por todo o imbróglio. Se Conrad, liberto ano passado, não pagar o valor afixado pelo juiz os autores da ação terão acesso ao túmulo de Michael Jackson, em Los Angeles, atualmente fechado para o público.
Esta é a primeira vez que se reconhece o dano emocional em conexão à morte de uma estrela pop. Segundo declarações do advogado, em entrevista à imprensa, a vitória ainda foi maior, já que não haviam ligações entre Jackson e os fãs: "a ligação emocional não era de mão dupla, os fãs amavam Michael Jackson, mas ele não os conhecia pessoalmente", declarou Ludot.
Se o 1 euro for realmente liberado para os autores da ação, estes terão que dispender um pouco mais de recursos para ir busca-lo, já que nenhuma passagem na França custa 1 euro, e para os que forem de carro, o litro de gasolina ainda é mais caro. Mas como a reparação é simbólica, o fato de entrar para a história do mundo jurídico como “os indenizados pela morte de Michael Jackson” já se faz suficiente para os amigos europeus.
Fonte: PCJ
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