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segunda-feira, agosto 25, 2014

PRESO PEDE PARA PERMANECER NA CADEIA

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Os portões do Presídio Regional de Joinville se abriram e tudo que o presidiário Pedro Paulo Cunha, de 64 anos, quis fazer foi voltar para a cela. No segundo dia do regime semiaberto, ele não resistiu à liberdade e retornou à prisão.
Pedro não tinha para onde ir e decidiu escrever uma carta para o juiz da Vara de Execuções Penais de Joinville, João Marcos Buch. No manuscrito, ele solicita a suspensão do restante das portarias por não ter local fixo para ficar nas saídas temporárias. A história foi contada no domingo à noite, no programa Estúdio Santa Catarina, da RBS TV.
— Ele teve consciência de voltar.

carta

Muitos ficariam perdidos e foragidos — salientou Buch.
No regime semiaberto, a pessoa pode sair da prisão durante sete dias, cinco vezes ao ano. Pedro recusou mais de um mês de liberdade a cada ano de detenção, diante dos quatro que já passou encarcerado. O crime de estupro o levou para o outro lado das grades, de onde escreveu, há mais de dois meses, a carta que se tornou combustível de crítica à sociedade nas mãos do juiz.

Para o magistrado, é preciso haver uma casa do egresso em Santa Catarina, o que tornaria menos impactante o momento de passagem da prisão à liberdade. Buch afirma que os detentos perdem o contato com mundo na prisão e não sabem onde estão postos de saúde ou como devem pegar um ônibus. Muitos não têm nem para onde ir.
Buch define pessoas como Pedro de “prisionalisadas”, que desaprenderam a viver em liberdade e temem ser estigmatizadas na saída, além de perder o vínculo familiar. Por isso, a recusa à liberdade ou saída temporária. Buch analisou a situação de Pedro e lamentou a falência do sistema.

Fonte: Diário Catarinense

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