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sexta-feira, dezembro 12, 2014

DIÁRIO DE UM CONCURSEIRO – TEMOS VAGAS: NO CÉU

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Já que hoje eu vou falar de vagas, vou avisar que acho que estou partindo dessa para melhor. Calma, eu não vou morrer ainda (pelo menos isso não está no meu cronograma dos próximos 100 anos). Mas talvez eu parta daqui. O chefe tá selecionando colunistas novos (não se preocupem que eu já estou preparada e vou botar o dono do blog no pau. 3 meses de coluna... já dá para entrar com uma ação trabalhista de 30 mil e fechar acordo... em 500 reais).

Vou desconsiderar o fato de que eu talvez leve uma justa causa, já que eu tenho prazo peremptório para enviar a coluna, e já tem mais de um mês que mando atrasada. Mas não sei porque a pressa. Todo mundo sabe que um dos lemas dos concurseiros é aquele que diz que “mais importante do que a velocidade, é a direção... ou a frequência... ou a rotina...”. Algo assim. Mas vamos ao que importa: as vagas! E não estou falando da minha coluna, e sim dos concursos!

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É o seguinte... Esses dias abriu edital para juiz federal aqui na minha área. Umas 15 pessoas perguntaram se eu iria fazer. Até os gatos aqui de casa perguntaram. Bom, eu não vou fazer. E por uma série de motivos. O primeiro deles, é que eu não estudo para magistratura. O décimo quinto, é que eu não passaria. O trigésimo, é que nem adiantaria passar, pois não tenho 3 anos de experiência jurídica. O último, é que nem quero ser juíza... E nessa parte eu quase apanho. Toda vez! É impressionante a cara (de decepção) das pessoas quando eu digo que não quero ser juíza! Tem gente até que tenta me convencer a mudar de ideia! É tipo como se ser juíza fosse coisa de outro mundo. Do mundo divino, talvez?

Se tem uma coisa que eu não ando ultimamente, essa coisa é atualizada. Mas, mesmo assim, não tenho como não ficar sabendo dos deuses oriundos do Olimpo, de Asgard e do Judiciário brasileiro. Rapaz, o negócio está ficando sério. Toda semana tem uma notícia de um reles mortal, possivelmente acometido de algum tipo de transtorno mental (ouso apostar em esquizofrenia) que, ao ser tratado como ser humano detentor de um aparelho digestório não habitado por uma majestade e que não é portador de um esfíncter de metal amarelo precioso, dá a famosa carteirada, berra com Deus e o mundo, diz que é juiz, que está acima da lei, da Constituição e do Código de Hamurabi, e que vai fazer (papel de besta, na minha opinião) e acontecer...

A maioria das pessoas pensa que juiz é Deus. Não me admira que volta e meia algum juiz ache a mesma coisa. Tenho grandes amigos juízes e tenho grandes juízes amigos. E esses são a humildade em pessoa. Dou o maior valor. Mas isso nem é só no Judiciário. Tem concurseiro que depois que passa, acha que virou deus (tem uns que têm certeza). Voltando ao concurso, ainda não vai ser dessa vez que vou disputar uma vaga no céu...

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