A maravilhosa rede mundial de computadores está ameaçada (ou quase) por uma petição assinada por "comerciantes e trabalhadores de Viçosa (MG)" que pede, na internet, a proibição da própria internet na cidade.
O texto, hospedado no site "Petição Pública", é direcionado à Câmara Municipal e argumenta que as vendas pela web têm gerado prejuízos e desemprego ao setor comercial da cidade.
A campanha contra a "temida adversária", que já conta com 135 adeptos, ganhou até uma hashtag: #EuNãoMereçoSerDesempregado. Moderna, não?
"O futuro de nossas crianças é incerto. Nosso comércio está sendo dizimado, dilapidado, enxovalhado, trucidado e escorchado por um inimigo externo que, ao que parece, tem condições competitivas muito superiores às nossas", diz o documento.
"Desde o advento do impiedoso rival, nossas vendas caíram, empregos foram extintos e menos dinheiro circula em nossa economia. Estamos estagnados por causa dele."
A petição propõe a criação de uma lei para impedir a utilização da internet em Viçosa. "Nada de compras virtuais no município. Somente empresas locais devem ser beneficiadas com o suado dinheiro de nosso povo."
O abaixo-assinado foi criado por Luiz Capelão, dono de um bar em Viçosa, e, calma, é só uma brincadeira. Ufa!
A página do estabelecimento do Facebook, onde a campanha foi divulgada, tem mais de 29 mil seguidores e usa provocações aos clientes, em tom de brincadeira, como forma marketing —em uma postagem recente, por exemplo, eles são chamados de "desprezados fregueses".
Nela, Capelão conta que até colocou wi-fi no bar para que todos possam assinar a petição.
Fonte: Folha
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