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terça-feira, fevereiro 02, 2016

ADVOGADA MORA NA RUA E FAZ FAXINA PARA PODER SOBREVIVER

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“Eu estou na rua desde 2006. Eu sou advogada, meu nome é Rosana e advoguei por oito anos em São Paulo. Aí, num dado momento da minha carreira sofri assédio moral dos advogados que trabalhavam comigo. Não quis deixar quieto e comprei uma briga com eles, aí acabou nisso que vocês tão vendo. Eles são gente poderosa.

Fui perseguida e vi que muitas portas se fecharam para mim, perdi meu emprego e não consegui outro. Não tive apoio da minha família e nem de amigos advogados. Eu acredito que estejam entregando informações que questionam minha competência como profissional e como cidadã por aí.

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É mais fácil ganhar 60 reais de esmola, do que você conseguir um dia de trabalho, mas eu já consegui fazer faxinas em alguns prédios aqui da região.

Eu durmo na rua, tenho uma barraca de camping e a Prefeitura não aprova isso. Eles podem ver as pessoas dormindo ao relento, enroladas em cobertores, plásticos, mas se você quer montar uma barraca eles enchem o saco e tiram sua barraca.

Então, você vê como o Estado é algo a se pensar, em como a vida ficou estúpida e como o Estado falhou. Não tem emprego pra todo mundo e você vê um monte de pessoas morando na rua. Eu tento sobreviver tentando trabalhar. Mas aí você olha pras essas pessoas e fica imaginando o que leva cada uma a chegar nesse estado... É um mistério.”

Relato extraído da página SP Invisível

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