Um advogado do Foro Cível Central de São Paulo provocou polêmica por seu comentário machista. Em sua argumentação na ação cautelar movida pelo ex-marido de uma mulher, Marcos David Figueireido de Oliveira pede em nome do pai da criança, a guarda do filho e o afastamento da mãe da residência. No dia da audiência, segundo a juíza Eliane da Camara Leite Ferreira, Marcos gritou com Ana Paula Freitas Villela Leite, Promotora de Justiça. A juíza interveio e disse que parasse de gritar com a Promotora, mas o advogado começou a gritar também com a juíza, afirmando que ela estava violando suas ”prerrogativas de advogado”.
Eliane pediu para que Marcos saísse da sala, mas ele recusou e ainda afirmou que ela estaria cometendo abuso de autoridade.
A segurança acabou sendo solicitada para que retirasse o advogado. Após o ocorrido, Marcos David Figueireido de Oliveira entrou com um pedido para afastamento da juíza, afirmando que ele não havia gritado e que “gritaria é coisa de mulher histérica, sobretudo quando está no período de Tensão Pré-Menstrual”. O advogado ainda acrescentou que teve mais de 30 anos de educação militar.
Ele ainda completa: “os mais graves erros judiciários são cometidos por mulheres juízas, sobretudo em área de família”. “Estes resultaram em agressividade excessiva, em razão da disfunção hormonal causada pela TPM gerando a autodestruição”, diz Marcos.
“O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo precisa constituir, urgentemente, uma comissão de jurisconsultos para levantar, classificar e determinar a natureza do erro judiciário. Se fizer isso constatará que as juízas incorrem em mais “erros inescusáveis” do que os homens, o que compromete a eficiência da prestação jurisdicional no Estado Democrático de Direito”
Fonte: Sul21
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