Toda vez que ouvimos um governo falar em corte de gastos, em esfera federal, estadual ou municipal, sabemos intuitivamente o que isso quer dizer: que cortes virão de baixo, de onde a população sente e precisa – e não dos excessivos privilégios que os mais ricos, e principalmente os próprios governantes em geral desfrutam ao longo de seus mandatos.
Pois a proposta de lei da vereadora Amanda Gurgel (PSTU), de Natal, no Rio Grande do Norte, pretende combater justamente esse viciado sistema, cortando radicalmente os salários dos vereadores, prefeito e vice-prefeito e equiparando-os ao piso salarial dos professores.
A ideia é que, para combater os privilégio, esses salários dos representantes políticos sejam sempre o dobro do piso salarial de um professor. Atualmente, o piso salarial nacional dos professores é de R$ 1.917,00, o que levaria os políticos em cargo a receberem R$ 3.834,00.
Para a vereadora, em momentos de crise é preciso realizar os cortes onde há o que ser cortado, e não da população, que tanto precisa e tão pouco tem. A proposta de Amanda reduziria em 80% o salário do prefeito, e em 77% dos vereadores, que hoje ganham em Natal R$ 20.000,00 e R$ 17.000,00 respectivamente. Para a vereadora do PSOL, o projeto consiste em simplesmente promover alguma justiça social, além de efetivamente significar corte relevante nos enxutos orçamentos municipais.
Tal medida, se aprovada, pode se tornar paradigma para cortes orçamentários e taxações futuras, que, quem sabe, derrubem privilégios nababescos e ofertem um pouco do senso de justiça e igualdade que tanto falta na relação entre a população em geral, seus representantes políticos e outros privilegiados do país.
Fonte: Hypeness
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