Mais
ainda pontos a serem esclarecidos em torno disso tudo. Por exemplo, quase não
mais se comentou da canetada do ministro Ricardo Lewandowski, que no ultimo dia
de atividade no ano do STF aceitou a liminar que suspendia as atividades do
CNJ. Como se já não bastasse, o ex-desembargador do TJ-SP era alvo de
investigações do próprio Conselho, no sentido de que recebeu aproximadamente a
bagatela de R$1.000.000,00 a título de auxílio moradia quando foi promovido ao
Tribunal Paulista. E pasmem, ele tem residência em São Bernardo!!!
Pode
ser alegado que não há ilegalidade nesse repasse, mas vá a m#$%@.
Isso é
moral?!?!
Fica
evidente a revolta da magistratura com a fiscalização, em um ambiente de alto
grau de cooperativismo. Tanto se discute e se fala sobre a corrupção que
envolve o Poder Legislativo, que “indiretamente” (ou não) alcança o Judiciário
tem uma grande parcela de culpa, com a sua já conhecida lentidão.
Outro
fato interessante que vi por esses dias envolvendo o judiciário, foi que o
Superior Tribunal de Justiça custa um bilhão de reais aos cofres públicos. Da
pra entender um negócio desses? Um tribunal, com 33 juízes a esse custo.
É simplesmente
inacreditável!!!
Esta lá
no site do STJ os gastos. Quer um
exemplo? Acesse o ilustre sítio www.stj.jus.br, no canto esquerdo
da pagina acesse “Licitações e Contas Públicas” > “Resumo Orçamentário” >
“Subfunção”, abrirá uma tela com a discriminação dos gastos administrativos do
tribunal.
É ai
que a coisa fica interessante. Só de previdência, no exercício de 2010 foram
gastos R$ 221.819.981,63, ou com alimentação foi gasto R$ 24.185.036,48. Não
sei pra você caro amigo leitor, mais isso soa com um absurdo sem tamanho. Um
tribunal lento e burocrático com esse nível de gastos.
Outro
fato que também chamou a atenção nesses dias em que o judiciário esteve nas manchetes,
foi uma entrevista do Presidente do TJ-SP, o Sr. Ivan Sartori, onde na maior
cara de pau disse que alguns juízes não apresentam suas Declarações de Patrimônio
e Renda. Se eles não fazem isso, simplesmente estão descumprindo uma Lei
federal, da Improbidade Administrativa. Nas palavras do próprio: “Alguns juízes
entregam, outros não”. Isso em entrevista para vários meios de comunicação!
Acredito
que a decisão de manter os poderes do CNJ demostrou uma posição menos
conservadora do STF, e a ministra Eliana Calmon mostrou-se muito empenhada em fiscalizar
e apurar as irregularidades envolvendo a magistratura, e quem sabe esse não é o
início de uma nova atitude da justiça brasileira, à passos lentos, é verdade,
mas o importante é o início da caminhada.
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