A Justiça do Acre acaba de absolver Jesus Cristo. O fi lho de Deus respondia a uma representação por “propaganda eleitoral irregular” no Estado.
A denúncia foi apresentada no início de maio pelo juiz Wellington Carvalho Coelho, encarregado de fiscalizar a propaganda dos candidatos e partidos nas ruas de Rio Branco, a capital do Estado. Munido de uma máquina fotográfica, o juiz foi às ruas e fotografou diversos adesivos colados a veículos que traziam estampados o nome de políticos da região.
O problema é que esse tipo de propaganda é proibida antes de julho, quando os partidos fazem suas convenções e definem os candidatos. Entre os adesivos flagrados pelo juiz, um dizia “Jesus Cristo! O melhor caminho”. No mesmo carro, outro plástico trazia a estrela do PT. Foi o suficiente para Wellington Carvalho decidir abrir o processo. Apresentada no dia 2 de maio, a representação, no entanto, não foi muito longe.
Uma semana depois, Jesus encontrou seu primeiro defensor, e justamente onde deveria vir a acusação.
O promotor Fernando Piazeski, representante do Ministério Público Eleitoral, pediu o arquivamento do caso.
Afinal, Jesus Cristo não é candidato a nenhum cargo eletivo no Acre. Além disso, o adesivo em questão não trazia nenhum sinal de propaganda partidária.
O processo, já com a recomendação de arquivamento e Jesus Cristo como representado, seguiu para ser julgado no Tribunal Regional Eleitoral do Acre. Lá, caiu nas mãos de uma desembargadora com nome bíblico, a juíza Eva Evangelista. Em um despacho curto, de duas páginas, ela encerrou o caso e absolveu Jesus.
Os adesivos religiosos continuam liberados no Acre.
Fonte: UOL
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