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quarta-feira, julho 03, 2013

“Flagrante” no Concurso

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Acho bacana o cara que fala, com aquele ar de desdém: aquele cara é concurseiro. Já pensando que o pobre-infeliz acorda, estuda, toma banho, estuda, come, estuda, dorme (quando dá), estuda e pronto. Olha só, que vidão, hein? Não "tem" que trabalhar, não tem chefe pra aturar: ganhou só a parte boa da vida. Imagem 2013-07-03

O que nossos amiguinhos esquecem é que diariamente acordamos cedo para manter os estudos em dia sem sequer ter certeza se vai dar tempo de tomar banho E jantar, alguns de nós trabalhamos e muito, freqüentemente fazemos provas sobre essas matérias que tanto estudamos e eventualmente essas provas são há muitos quilômetros de distância do conforto de nossos lares.

Cá estava eu de novo, lá estava "Bérizon", e, como o estupro era inevitável, fui. O caminho de ida foi longo. Aqueles 700km que todos já sabemos (http://www.naoentendodireito.com/2013/06/cancelaram-meu-concurso.html). O sábado foi intenso: horas estudando contabilidade para a reta final.

Domingo: mais uma prova! Saímos cedo de casa com medo das manifestações e felizmente o caminho até a escola onde faríamos a prova foi ótimo. Chegamos tão cedo que deu tempo até de tomar uma cerveja antes de começar a gastar os neurônios!

13h fecham-se os portões, os nervos todos estavam a flor da pele afinal essa prova havia sido cancelada há um mês e, lá vem a bomba! Vou contar com medo de ser execrada, mas colegas eu sinto em dizer: essa é a vida real.

A galera lá toda concentrada fazendo a prova, o povo saindo pra ir ao banheiro (juro que nunca consegui entender essa coisa do caboclo que depois de 30min de prova precisa ir ao banheiro. O cara segura 2h no bar tomando cerveja, mas na prova precisa tirar água do joelho de meia em meia hora) e eu lá quieta batendo o Tico e o Teco.

Eis que surge um cabeludo na porta nitidamente emputecido e acompanhado de toda a organização do concurso. Começou um bate-boca, porque o cabeludo estava fazendo prova com o celular no bolso e ao ir ao banheiro foi denunciado pelo detector de metais.

Pra quem está acostumado a fazer concursos, OAB e afins, em regra os fiscais de sala te entregam um saquinho para que o celular seja guardado e o saquinho lacrado, desta forma o celular pode ficar embaixo da carteira ou qualquer coisa que o valha. Mas a depender do concurso os celulares ficam com os fiscais de sala e era o caso deste concurso em questão.

Situados os leitores, o cabeludo fez um BARRACO, pois não deixaria o celular dele na frente da sala sem sua vigilância e balbuciou alguma coisa sobre ter sido furtado quando da outra aplicação da prova e blablabla. Eu lhes digo, colegas: se existe a opção de entregar o aparelho ao fiscal, por que diabos aquele cara tava causando? Logo eu senti meu radar coxinha apitar, né.

DITO E FEITO: ele começou a recitar o edital, minha gente! Lembrem-se que durante todo esse tempo o resto da sala estava fazendo tentando fazer a prova. Começou a dizer que o edital não dizia nada sobre ele não poder fazer a prova com o celular no bolso e que então poderiam retirar a prova dele que ele iria embora.

Blablabla pra lá, blablabla pra cá, depois de uns 15 minutos de barraco e os outros candidatos (me inclua nessa) estarem já bem de saco cheio do cara e se manifestando nesse sentido, resolveram que ele faria a prova mediante a BURROCRACIA de assinar uma dúzia de papéis e rolar o desfile dos representantes da organizadora do concurso, da Polícia Civil, e até do Vaticano, na sala.

PORRA, colega. Custava deixar o celular na frente da sala como todos os outros?

Troféu coxinha pra você!!!

AssinaturaVeronica

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