Olá olá, nobres e ilustres defensores
da ordem! Sim, serei a nova colunista do “Diário de um Postulante”. Assim como
a maioria dos leitores assíduos do NED, sou estudante de Direito óbvio, dãã!,
mas o que me diferencia dos outros estudantes, dos que eu conheço, é claro, é
que sou perdidamente apaixonada pelo Direito, embora viva um amor platônico, já
que o Direito aparentemente não tem o mesmo sentimento pela minha pessoa, com
todas essas reformas na Lei e os altos índices de reprovação na tão temida
“PROVA DA OAB” (não sei quanto a vocês, mas me soa como título de filme de
terror, daqueles que a vítima com pele de pêssego e olhar assustado,
corre eternamente e no fim é engolida
por uma prova ambulante!). Enfim, sigamos com minhas expectativas quanto ao
exame da ordem.
Eu me pergunto: será que quatro anos
e meio de árduo estudo serão suficientes para garantir minha aprovação nesse
exame macabro que destrói os sonhos das pobres crianças carentes (carentes de
vida social), recém-formadas e que pensam (mas só pensam) que terão uma vida glamourosa,
equiparada a vida dos marajás?
Os momentos que antecedem a prova são
capazes de gerar em nós graves crises existenciais, do tipo que nos fazem
perguntar: foi para isso que eu fiz Direito? Por que não fiz biologia?
(Biólogos S2) Devo guardar uma grana para pagar minhas sessões de terapia
depois de reprovar? Claro que nada disso se compara ao enorme apoio da família:
você passou 5 anos estudando a mesma coisa (porque é claro que a matéria é
reduzida e insignificante) e não vai passar?
O que levo de aprendizado: OAB, o
exame que te torna um Advogado e dá de brinde vários sintomas esquizofrênicos
por conta das inúmeras noites mal dormidas. Sem contar com a gastrite adquirida
graças aos vários litros de café ou energético ou café com energético ingeridos
durante aquelas noites de sono em que a gente começa a se perguntar: “quem sou,
de onde vim e pra onde vou? Existe vida em outros planetas?”.
Por fim, desejo a todos que correrão
essa corrida comigo e cruzarão a linha de chegada não na seccional do DF,
porque eu não quero futuros concorrentes, é claro, boa sorte ou como todos
dizem força, foco e fé (é nessa ordem, produção?) desculpa, mas “força foco
e fé”?? Modinha!
Brincadeiras a parte, simbora minha gente,
“ao infinito e além” ou como dizia o grade Renato, “quem acredita sempre
alcança!”. Bjo. Bjo.