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sábado, janeiro 11, 2014

Recesso Forense - DIÁRIO DE UMA "RECÉM ADVOGADA"

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Todos os colunistas do N.E.D. estão de férias, assim a gente está postando alguns textos elaborados por nossos criadores de conteúdo, assim, apresentamos a história de Juliete Laura, nossa criadora de conteúdo recém admitida.

Embora pontualidade britânica não seja uma de minhas maiores qualidades, como qualquer advogado que se preze, ela deve ser exercitada. Pois bem, hoje saí de casa com tempo mais do que suficiente para chegar à Justiça do Trabalho antes das 15h20m, horário marcado para a audiência.
O horário era ótimo, pois normalmente não há trânsito. Mas como Murphy decidiu me acompanhar (sim, aquele da Lei). Ao pegar a principal avenida para chegar ao meu destino, adivinhem: isso mesmo!

ferias

Engarrafamento atípico às 2 e pouco da tarde. Respirei fundo e aumentei o volume do som, afinal, ainda tinha tempo de sobra. Uns poucos quilômetros e muitos minutos depois, já estava "em cima" da hora da audiência, e nem um pouco perto da Vara (do trabalho). Cogitei deixar o carro em algum estacionamento e pegar um "mototaxista", "motoboy", ou algo do gênero, mas não havia nenhum a vista, então, melhor não arriscar.
Depois de muito "aperreio", como se diz aqui no Nordeste, cheguei. Faltando 2 minutos pra audiência!!! Estacionei o carro e desci correndo. Sim, correndo mesmo. E foi assim que adentrei no prédio e entrei no primeiro elevador que vi, que, pasmem: estava completamente vazio (normalmente há uma fila de pessoas na porta), exceto por um homem distinto que estava na iminência de entrar no elevador, quando o invadi. O homem ficou parado na porta, ajeitando a gravata desajeitadamente, com cara de pateta. Eu estava apressada, então sequer perguntei se ele iria pegar o elevador também. Só agradeci a Deus pela sorte.
Quando a porta do elevador se abriu, vi pilhas de processos. E mais processos! Saí entrando em várias salas, cheias de servidores que me olhavam curiosos e espantados (a esta altura eu já estava suada, descabelada e com cara de susto, uma ótima combinação!). Finalmente consegui sair daquelas salas que mais pareciam um labirinto.
Respirei, me recompus, e constatei o óbvio: a audiência iria atrasar!! Lá pelas 16h e tanto, informaram que a audiência seria remarcada, porque o sistema estava fora do ar. Ossos do ofício, meus caros! Foi então que fui embora, e, na saída, passei em frente ao elevador que tinha usado para subir, e só então vi uma placa (invisível para mim até então) que indicava que aquele elevador era de uso exclusivo dos magistrados!! E eu, assim, sorrateiramente (embora ainda ache que "inocentemente" seja a palavra mais adequada) o utilizei, ou melhor, o utilizei deixando o MM. Juiz de fora! E foi assim que cometi a minha gafe do dia! Um viva aos advogados que ainda cheiram a tinta fresca! Bêjo!

 

Juliete Laura Rocha Maurício

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