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quinta-feira, setembro 25, 2014

PAQUERA JURÍDICA: É UM NEGÓCIO TOSCO, MAS É LEGAL

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Faaaaaaala, meuzamiguinho e minhazamiguinha! Tudo bem com vocês? Mais uma quinta-feira, mais um texto, mais uns minutos que vocês irão perder na vida de vocês lendo isso, mas o importante é ser feliz, gente!

E daí que eu não tinha a mínima ideia do que escrever para a coluna nesta semana. Então me sentei ao som de Kenny G, pus uma taça de vinho na mesa, uma meia-luz ambiente. Essa atmosfera me lembrou de uma coisa: romance (ok, a parte do Kenny G e do vinho é mentira... é só a meia-luz do computador numa sala escura mesmo). Eu bem que poderia estar num clima de romance, mas não estou, estou escrevendo um texto pra vocês mesmo, mas é o que tem pra hoje e pra mim tá bom. Mas, pensando bem, eu detesto o Kenny G e evito bebidas alcoólicas... então não estou nem aí.

Então tá. O tema hoje é romance. Mas essa é uma coluna que fala do dia-a-dia de uma advogada, que, no caso, seria eu. E daí que eu e romance são coisas que não estão muito combinando nos últimos tempos. Mas sobre o assunto eu sei falar, né? A gente não precisa, necessariamente, estar vivendo uma determinada situação para escrever sobre ela. Basta pensar a respeito, lembrar experiências anteriores (se existentes), mas acho que, nesse caso, é melhor eu nem pensar nelas, numa boa. Deixa pra lá.

Se bem que aconteceu um treco engraçado há pouco tempo. Não que isso seja romance, mas, remete ao assunto e me inspirou a escrever sobre romance, o amô, o encantamento (ownnnnnn... que lindo). No caso, quem foi o muso? Ah... foi um policial militar que sentou ao meu lado no ônibus, enquanto eu voltava de São Paulo. E ahhhhhhhhhhhh... ele era tãooooo lindo, gente! Sabe aquele tipo de lindo que todo mundo concorda que é lindo? Um lindo unânime. Engraçado que ele não faz nenhum pouco o meu tipo, mas ele era tão lindo, de uma forma tão inatingível, que eu fiquei ali, parada, só admirando.  E o que eu pensei? Pensei em falar pra ele: “moço, você é policial e eu sou advogada. Nós defendemos a lei. Vamos fazer isso pra sempre juntos, seu lindo?”. Ri sozinha e postei isso no meu Facebook e, por um acaso, os amigos ficaram curiosos pra saber se eu disse isso mesmo, se eu tirei fotos do rapaz, se eu puxei alguma conversa e tal. E a resposta para todas as perguntas foi: não.

Caroleeeeeena, como você é sem iniciativa, garota! Se você quer uma coisa, você precisa tentar. Mas sabe quando o cara é “tão tão tão” que você não consegue nem querer? Muito surreal isso, mas é. E ah, gente, obviamente eu não tenho cara de falar uma bobagem dessas, ainda mais para um homem que eu nunca vi na vida. Depois ainda comentei no post que estava me sentindo tão protegida, tão na segurança, tão “ninguém vai me matar aqui porque eu estou do lado desse policial lindo, armado, fardado e competente”.

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Então, pensando em situações em que vocês, colegas de profissão ou demais profissionais do Direito, queiram dar aquela paqueradinha marota usando termos jurídicos pra mostrar que, além de interessante e serelepe, você também manja dos paranauês jurídicos, juntei aqui umas frases que vocês podem usar (se tiverem coragem).  Então vamos lá:

- Olá, vamos constituir uma sociedade? Estou sentindo que está rolando um affectio societatis entre nós!

-  Posso ser o acessório do seu principal?

-  Você é um atentado ao pudor!

- Vou desapropriar seu coração! Não haverá tresdestinação. Sem direito a retrocesso!

- Me chama de processo que eu te mostro minha ampla defesa.

- Doutor, você não é testemunha, mas eu adoraria te arrolar nos meus autos.

- Me chama de audiência que eu te mostro minha instrução.

- Você não é cheque mas tô doido pra te dar uma endossada.

-Nosso amor é direito adquirido, nosso ato jurídico é perfeito e nossa relação é coisa julgada.

-Você praticou um crime inafiançável, pois está torturando meu coração!

- Com você eu vou até a última instância até que nós façamos coisa julgada!

-Me chama de Lei e vem aqui me complementar...

-Me chama de Medicina Legal e vamos ali fazer um corpo de delito.

-Me chama de lei que eu te mostro a minha lacuna!

-Me chama de Direitos Humanos e vem cá me dar uma

violada.

-Minha pegada é EX NUNC. Daqui pra frente, sua vida nunca mais será igual.

- Eu te amo com a força da carga tributária brasileira!

- Não sou Delegado arbitrário, mas quero cercear sua liberdade sem mandado de prisão por algumas horas.

-Doutor, seu Juizado aqui pode ser de Pequenas Causas, mas ôôô lá em casa!

-A sua pena deve ser cumprida integralmente em prisão domiciliar, na minha casa, de preferência no meu quarto, sua linda.

-Por você serei sempre incapaz, e assim mesmo se ficar longe muito tempo não irá prescrever meu direito de te amar.

-O meu amor por você não tem caducidade, nem encampação e nem anulação! É eterno!

-Requisitos da validade do meu amor pelo ato de administrar seu coração: sou competente, adoro sua forma, tenho motivo, objeto e finalidade!

-Me chama de controle normativo difuso e me prova de forma concreta a sua total legalidade!

-Faça uma boa sustentação oral e venha de ré na minha vara de família, averiguando todo meu instrumento processual.

-Vou impetrar meu habeas corpus no seu corpo de delito. Eu apelante, você apelada! Então nomeia o meu perito!

-Me chama de Bem Público e vem me dominar, sua linda!

-Vou impetrar um mandado de segurança porque você violou meu direito líquido e certo de forma abusiva!

E aí, gostaram dos xavecos? Esses e outros eu acabei tirando da página: http://www.facebook.com/XavecoJuridico . Você vai tentar usar isso com alguém? Se obtiver sucesso, favor, conte aqui sua experiência pra gente!

E a advogada aqui vai tentar usar algum? Creio que não. Morro de vergonha, gente! Sou toda metida à engraçadona, mas eu não tenho coragem suficiente para isso.

Beijinhos e até semana que vem!

Assinatura Carol

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