As aulas voltaram. E disso vocês já sabem.
Outra coisa que vocês sabem também é que esse negócio de voltar a ser estagiário e cumprir todas as obrigações com provas e trabalhos na faculdade é realmente difícil. Se ainda não souberem, então fiquem avisados.
Hoje ouvi uma menina falando que, às vezes, a gente tem que gostar muito do que faz mesmo para conseguir abrir mão de certas “mordomias”. E está aí algo que concordo: se não fosse eu gostar muito do que faço hoje, eu não teria tido coragem de fazer tudo de novo.
Não vou fingir que, às vezes, não é meio frustrante você sair com seus amigos da sua idade que já estão vendo apartamento, comprando carro e viajando, e você contando o dinheiro pingado do estágio. É – desculpem o palavrão - foda, de verdade. Isso porque eu sei que, aqui dentro, eu já estou preparada e ansiosa para viver tudo o que tenho a viver como profissional. Mas, na prática, ainda muita coisa vai acontecer.
Mas, ao mesmo tempo, sinto que estou no caminho certo. O que me resta é paciência.
Outra coisa que me falaram é que, muitas vezes, não pareço ser mesmo advogada e já ter feito outra faculdade. É engraçado como as pessoas “lá de fora” veem nós, advogados, como pessoas extremamente sérias e de cara fechada o tempo inteiro. Isso talvez seja uma dar coisas que me incomodava. Eu não sei ser assim e nunca soube. Talvez esse negócio de fingir estar sempre “centrada” durante todo o tempo não é para mim.
De qualquer forma, às vezes sinto falta de ser a Carol advogada. Me lembro das roupas sociais, daquele Vade Mecum que me acompanhava no ônibus e fico até feliz quando me perguntam algo sobre o mundo jurídico. “Essa foi uma das melhores viagens que já fiz”.
Mas cá estou. Indo trabalhar com a camiseta do Ramones, sem conseguir comprar aqueles apartamentos e carros. Porém, como alguém muito sábio disse algum dia: tudo ao seu tempo.
Bem, pessoal.... vejo vocês por aí
Beijos!
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