Amigos depressivos da universalidade advocatícia, “oh nóis aqui traveiz”!
Essa semana foi cansativa (nem terminou e já estou só o pó), mas tirei um tempo pra compartilhar meu final de semana prolongado com vocês.
Como sou rico e gosto de ostentar meus dólares, fui farrear em Goiás naquele mega festival de música sertaneja.
Tá, é mentira, todo mundo sabe que não sou rico. E nem tenho dólares.
Na real, não tá fácil pra ninguém, então aceitei o convite de uns amigos pra acompanhar a viagem de trabalho deles e obviamente eu também trabalharia.
Como já imaginado, trabalhei como camelo.
Foram dois dias inteiros sem dormir, só na base da cerveja e whisky com energético que sobrava no copo do pessoal.
Pois bem, nesse conversa com um, faz amizade com outro, e papo vem e papo vai, o que eu mais ouvia era “você é advogado e veio pra trabalhar ao invés de curtir a festa?”
Cara, tá pensando o que? Geral pensa que advogar tá fácil né?! Não tá, não! Tem que pegar uns bicos de vez em quando porque a MasterCard não perdoa.
O fato é que você se pergunta mesmo onde tá aquele glamour da advocacia. Se existir (e eu acho que existe, até porque o povo aumenta, mas não inventa), tá demorando demais pra chegar em mim.
A gente se mata de trabalhar pra pagar a faculdade, se forma já meio pirado por causa de OAB, falta fazer macumba e despacho pra passar na bendita, trabalha igual condenado, aguenta cliente chato com problema que só numa mesa branca pra entender e cadê a riqueza que vem depois? Tá, eu já entendi que era ilusão, mas como explica pro resto da sociedade?
E outra coisa que me deixa possesso: Nego paga 900 pila num dia de balada (sim, UM dia de balada, APENAS UM), mas chora de pagar honorário e consulta pra advogado. Da hora a vida heim.
Enfim, galera, foi isso. Trabalhei pra caramba, mas conheci uma balada que, com meus humildes honorários atuais, não conheceria. Fiz amizade com gente desse Brazilsão a fora e escutei mais de mil vezes “mas você é advogado e veio trabalhar?”. Sim, e toma aqui meu cartão pro caso de você precisar.
E assim eu vou tentando. Um dia eu ainda me dou bem, eu acho.
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