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quarta-feira, março 09, 2016

MARISSOL FRIDA, A ESTUDANTE DE DIREITO - PEGA A METRALHADORA E TRA TRA TRA

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Nos capítulos anteriores: Marissol Frida é uma estudante de Direito, patricinha, rica, que tem recebido mensagens ameaçadoras de um número desconhecido. Ao investigar o suposto (a) autor (a) descobre que o número de celular foi cadastrado com o CPF de um defunto. Mas agora, o rumo das investigações tem foco em seis suspeitos: Brenda, Anelise, Luiz, Wilson, Blaiti, e Pedro Henrique.

Terça feira, aula de Direito de Família. O plano A é sentar na última carteira, mandar uma mensagem para o número do suspeito e ficar analisando o celular que vai tocar e acusar o culpado. O plano B é conversar individualmente com cada um dos suspeitos e colocar em prática o que li em “Desvendando os segredos da linguagem corporal” do Allan Pease. O plano C é pegar uma metralhadora e TRA...TRA...TRA...

Tudo normal como toda clássica turma de Direito: a professora advogada com seus slides e exemplos práticos dos nossos amicíssimos Caio, Mévio e Tício (o principio cientifico e educativo de Pedro Demo foi pro espaço), o Felipe-puxa-saco CDF e líder da sala, respondendo com mérito tudo que a professora pergunta e inclusive, o que ela também não pergunta e a Cristina lambisgóia parecendo que vai participar de um concurso de Miss-emperiquitada.



Ok, plano A em ação. Plano A fail. Mandei a mensagem, mas 99% da turma estão com o celular na mão então... Na pausa coloco o plano B em ação.

- Brenda, oi!
- Marissol... oi ~ frieza e cara de sério? Você vindo falar comigo?                               
- Como está? Sei que não conversamos muito, mas também sei que você gosta de sushi e pensei em te conv...
- Marissol que-ri-da, preciso ir! Meu boy está me esperando na frente da Biblioteca, conversamos depois, beijinho.

Dá as costas e sai. Sei que não tem boy nenhum, Brenda não é o tipo de garota que espera o boy na frente da biblioteca faculdade. Também sei que nesse momento ela está revirando os olhos e fazendo cara de nojo. Fico observando e percebo que ela encontra Anelise e elas saem cochichando entre si.

- Ei, Wilson!
- Marissol... (ok, por que todos fazem essa cara de espantados? Eu sou simpática, não sou?).
- Como está? Muitas baladas, bebida e mulherada? (não vejo pergunta mais coerente pra esse ser)
- De leve, agora estou igual o Jorge e Mateus, eu sosseguei. (é pra eu rir?). Você está bem? Parece meio incomodada. ´

É ELE! Eu sabia que era ele. Mas que cara de pau, ainda por cima me perguntar se eu estou bem, se eu tivesse uma metralhadora pra tra tra tra nele e...
- Já sei! São as provas, né Marissol? Não se preocupe... Você é inteligente, vai conseguir... 
E além de inteligente, é linda... O que acha de nós irmos ao Ois...
- Wilson que-ri-do. Preciso ir, minha amiga está me esperando na frente da biblioteca! Nos falamos depois, beijinho (obrigada Brenda, obrigada – E ARGH, mil vezes argh, o que ele está pensando?)

Já é hora de voltar pra sala, o Luiz deve estar no DCE aguentando as piadas sobre o Palmeiras, a Blaiti deve estar vendendo maquiagem da Boti pra qualquer ser no corredor, e o Pedro Henrique deve estar isolado em algum lugar, fumando um cigarro (o que contraria toda sua vida regrada e fitness) com aquela cara de misterioso. Brenda e Anelise nem sequer voltaram pra sala. Meu celular toca.

“Você é louca mesmo, hoje tive certeza”.
(continua no próximo post).



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