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terça-feira, agosto 20, 2013

Nunca viaje antes de uma prova de concurso

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Lá pelos altos de 2009 (se não estou enganada) eu tinha prestado o concurso pra escrevente do TJ aqui para Rio Claro. Estava no início da faculdade e nem acreditei que fosse ter algum resultado positivo, mas para minha surpresa fui classificada e convocada para a segunda fase: a prova prática de digitação.

A prova prática era no dia seguinte ao dia do casamento de uma AMIGONA e para ajudar tudo o casamento era em Botucatu, há bons 148 quilômetros de Rio Claro, onde eu deveria fazer a tal prova.

Eu não me perdoaria nunca se faltasse do casamento e também não me perdoaria por perder a prova, então lá fomos três amigas e eu, sabendo que teria que voltar no próprio sábado ou no máximo domingo de manhãzinha, pois a prova seria a tarde.

NED_2008

Depois de encher a cara decidimos que seria melhor dormir por lá mesmo e voltar bem cedo no domingo. No entanto é importante esclarecer que na ocasião fomos com o carro do meu pai que usava como combustível o tal do GNV, porém naquela época não existia um posto com este combustível em cada esquina como é hoje e, obviamente, um tanque de gás não daria para ir e voltar do casamento.

No domingo pela manhã questionamos onde poderíamos encontrar um posto com GNV para abastecer o carro e a surpresa foi grande quando soubemos que deveríamos ir até Tatuí (há mais 107km de Botucatu) ou voltar até Piracicaba (há 115km), no entanto com o combustível que tínhamos não andaríamos mais nem 50 quilômetros. Ai vocês vão dizer: oras, um carro a gás anda também na gasolina! Abasteça e vá para casa feliz e saltitante.

Não, nobres colegas, as coisas não eram tão simples quanto pareciam. O carro do pai não andava DE JEITO NENHUM na gasolina. "Viciado" no gás, quando precisava andar na gasolina ele ficava engasgando e andava (quando andava) há 10km/hora. Dirigir 148 quilômetros assim não era nada interessante, no entanto tínhamos que voltar. O carro precisava voltar para casa e eu PRECISAVA fazer a prova.

Decididas entramos no carro e torcemos para chegar o mais perto possível de Rio Claro. As duas amigas no banco de trás foram cantarolando, rindo e acreditando que estava tudo ótimo, enquanto eu e a outra amiga que estava dirigindo estávamos mudas e não tirávamos o olho do marcador de combustível até que... puf puf puf puf... o carro parou!

Estávamos longe, muito longe! Não tínhamos sequer chegado em Águas de São Pedro e até Piracicaba ainda teríamos no mínimo 30 quilômetros!!! O carro mal andava nas subidas, viemos o caminho todo pelo acostamento. A amiga já em estado de desespero largou o volante e o soltou nas minhas mãos, já estava quase parando um caminhoneiro que me trouxesse pra casa, pois eu PRECISAVA MUITO fazer aquela prova.

Resumindo: sim, eu cheguei, fiz a prova, fui classificada em uma posição horrorosa e não fui convocada! O concurso expirou seu prazo de validade ano passado e eu já fiz o mesmo concurso de novo, mas sempre que viajo dias antes de provas ou até para fazer provas acabo rindo lembrando da história, mas no fundo torço pra não acontecer de novo... hahahaha!

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